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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Destaque do Mês de Fevereiro de 2015. Mestre Alex Cintra.

Aproveitando o excelente Seminário ministrado pelo Mestre Alex Cintra na Academis Dos irmãos Grimaldo e Geraldo, absorvemos seus ensinamentos e depois fizemos umas perguntas ao Mestre Cintra, para robustecer nosso Blog com um pouco de ensinamento de mais um grande Mestre.









EZ-Como iniciou sua jornada nas Artes Marciais? Sabemos que sua mãe foi sua incentivadora.

AC-Na realidade a minha mãe, Maria Conceição Cintra, levou a mim e aos meus irmãos. Ela fazia Karatê na antiga academia Askaba com Mestre Denílson Caribé, e Judô na Academia Shyozawa, com o Mestre Shyozawa. Acabamos entrando por livre e espontânea pressão dela, e graças a Deus estou no esporte até hoje.


EZ-O senhor marcou época no Judô baiano, sendo participante da Seleção Brasileira de Judô, Técnico da Seleção Baiana de Judô. Como se deu essa ascensão?

AC-Como toda criança, eu tinha o sonho de competir, de ganhar pelo menos um bronze, um terceiro lugar no campeonato baiano. E tinha o sonho de todo atleta de arte marcial de chegar até a Faixa Preta. Consegui isso depois de dez anos de treino, ingressei no Judô em 1978 e em 1988 alcancei a Faixa Preta.


EZ-O Seu nome e o de sua equipe é amplamente conhecido. O senhor iniciou nas artes marciais no Judô e depois migrou para o Jiu Jitsu. Como se deu essa migração?

AC-Eu treinava na Academia Shyozawa com o Mestre Serrinha, que é meu Mestre até hoje e ele gostava muito da luta de chão. Gostava de imobilizar, aplicar chaves, estrangular, e essa era a parte do Judô que eu mais me identificava. Comecei a estrangular, aplicar chaves, desmaiei muito com os estrangulamentos do Sensei Serrinha, e acabamos fortalecendo essa parte da luta. Quando íamos para os campeonatos o pessoal já gritava para não irem pro chão com o pessoal da Shyozawa, viajávamos para o Rio de Janeiro e São Paulo para competir ainda pelo Judô. Como a maioria dos Judocas da época evitava a luta de chão, passamos a frequentar academias de Jiu Jitsu para treinar, depois procuramos as Federações de Jiu Jitsu, e ingressamos nessa jornada, criando as nossas Equipes de Jiu Jitsu. No final da década de 1980 começamos essa peleja e hoje a Bahia é uma realidade no cenário nacional. Eu tenho a honra de estar no inicio de uma geração de grandes nomes como Minotauro, Edson Carvalho que é Faixa Preta do Sensei Carlson Gracie, Serrinha, Ricardo Carvalho, Nilton Ferreira, Guilherme Assad, dentre outros grandes nomes.


EZ-O senhor fez um grande nome como atleta, ganhando importantes títulos quando o esporte não tinha ainda tanta visibilidade. É um peso ser um técnico após ter sido um atleta de grande potencial?

AC-Não digo um peso, mas uma grande responsabilidade. Sabemos que em todos os aspectos, mesmo numa grande empresa, tudo recai sobre o líder. Comparando com o futebol, todos podem errar pênalti, perder gols, mas quando se trata do goleiro, a responsabilidade é bem maior.  Sinto-me feliz e bem lisonjeado de ter feito muitos líderes de equipes, como filhos que criamos para o mundo. Todos me reverenciam, sou amigo de todos eles e me sinto muito feliz e realizado por isso, apesar dos percalços que as vezes temos na vida.


EZ-Para finalizar. Deixa uma mensagem para os leitores do Blog.

 AC-Estudem a arte, pesquisem muito, se dediquem ao esporte. Respeitem seu professor, do maior ao menos, ele sempre tem algo a te passar, uma posição, uma saída, um atalho. Tem uma frase do escritor José Saramago que eu gosto muito, e que hoje eu a uso. “O ruim das vitórias é que elas não são definitivas. O bom das derrotas é que elas não são definitivas”. Hoje eu sou um homem evangélico, maduro e amante das artes marciais.

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Professor Mar e as suas Crionças.

 Ah, vamos mergulhar no mundo do jiu-jitsu brasileiro, onde os tatames são a nossa tela, e os praticantes – bom, eles são um bando colorido!...

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