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sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Ansiedade e Depressão entre Atletas de Alto Rendimento.

 




A depressão é uma das doenças mentais mais comuns a nível mundial – a OMS estima que o número de pessoas afetadas pela depressão já chega a 322 milhões em todo o mundo. No Brasil, 5,8% da população sofre com a doença, o que significa mais de 11,5 milhões de pessoas, correspondendo a um aumento de 18,4% durante a última década. Os principais sintomas da depressão incluem tristeza, choro fácil, retirada e evitamento do contato social e das atividades habituais, alterações de apetite e de peso, fadiga e falta de concentração.

 Apesar de ser um tema frequentemente abordado e direcionado para a população em geral, começa a haver um crescente interesse nas questões relativas à saúde mental no desporto de alto rendimento.

 

 Cada vez mais a excelência é requisito essencial na formação do atleta – o nível de competitividade está em constante crescimento o que leva a um elevado desgaste quer físico, quer mental.

 




Os atletas de alto rendimento estão em risco de vir a sofrer de depressão dado, não só a elevada pressão, mas também às expectativas (quer individuais, quer da equipe ou patrocinadores e ou apoiadores), mudanças de clube, lesões, rendimento e resultados – estes momentos críticos podem desafiar a auto-estima e sentido de competência do atleta, contribuindo para o aparecimento dos sintomas acima referidos.

É igualmente importante referir que muitos atletas passam anos a preparar-se para uma única oportunidade (uma ida aos Jogos Olímpicos, Campeonatos Mundiais ou Grandes eventos) – a preparação intensa, o treino diário e a adaptação do quotidiano para ir de encontro às necessidades que o desporto de alto rendimento impõe passam a dominar a vida do atleta. Após esse evento específico, um atleta pode ter dificuldade em reintegrar-se numa rotina que não se foque exclusivamente no desporto e ficar deprimido se não estiver preparado para esta transição.

Vistos pela sociedade como física e mentalmente aptos, os atletas representam o pilar da saúde e bem-estar – estas projeções e expectativas neles depositadas tornam mais difícil à procura de ajuda. Assim sendo, familiarizar e psicoeducar treinadores, atletas e todo o staff acerca desta problemática poderá ser um ponto de partida essencial para identificar atletas que estejam a debater-se com sintomas depressivos. É igualmente importante olhar para o atleta como pessoa antes de ser atleta, e trabalhar no sentido de eliminar os estigmas associados à doença mental, encorajando positivamente os atletas a assumirem os sintomas e procurarem o apoio necessário.

Fonte:https://www.oficinadepsicologia.com/a-depressao-nos-atletas-de-alto-rendimento/

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Passagem de Legado!

  Muito aqui no Blog tentamos resgatar e informar, principalmente aos mais novos no esporte, a figura emblemática do Mestre Ary Correia Dantas, ou simplesmente o Mestre Ary. Especialista em Judô, Jiu Jitsu, (Faixa Vermelha) Goshin Jitsu. Inclusive com o Diploma de Faixa Preta de Judô assinado pelo Mestre Massami Ogino, gostaríamos até que a FEBAJU fizesse um resgate da memória do Mestre Ary ainda em vida.

  Pois bem, tivemos a divulgação de uma imagem bastante emblemática, quando durante uma visita ao Mestre Ary, ele emblemáticamente passa sua Faixa Coral (vermelha e preta) ao Professor Clóvis Botelho, da Equipe Red Scorpion de Jiu Jitsu tradicional e 4º Grau na Faixa Preta pela CBJJE. Professor em Jiu Jitsu e Grão Mestre em Hap KI Do. É uma cena emblemática, que deve ficar guardada e ser celebrada, pois a passagem da faixa é simbólica, pois sabemos que há um interstício mínimo de tempo na faixa para ser cumprido, mas uma passagem de legado, um chamamento para que a linhagem continue. Quando falamos em linhagem aqui, não há aquela exaltação ou utopia de purismo, mas a continuação de uma memória, de uma escola, de uma árvore genealógica.




Há no Jiu Jitsu tradicional e no regimento interno da Equipe Red Scorpion uma contagem diferente de tempo em cada graduação, o que já daria ao Professor Botelho o título de Mestre também em Jiu Jitsu, de acordo com sua graduação em Faixa Preta, que é de 1997. Mas o motivo da matéria é entender o que significa essa simbologia da passagem de uma faixa, a entrega de uma faixa de um professor para um aluno, que mensagem tem em tal ato. Uma despedida? Uma escolha? Uma confiança?

Enfim, que possamos celebrar os nossos Mestres do Saber!





 

domingo, 15 de novembro de 2020

Campeões do Recôncavo

 Desde 2017 vem sendo realizado interruptamente o evento Open do Recôncavo de Jiu Jitsu, na cidade de Santo Antônio de Jesus. E desde o ano de 2019 foi idealizada a Liga de Jiu Jitsu do Recôncavo, onde representantes de diversas cidades do Recôncavo Baiano podem realizar eventos de Jiu Jitsu em sua cidade. Desde seminários técnicos, cursos de primeiros socorros e campeonatos de Jiu Jitsu.

No dia 08 de novembro, por conta da pandemia da Covid-19, foi realizado um campeonato in door, portas fechadas, de lutas casadas que reuniu os melhores lutadores do recôncavo baiano, além de alguns competidores da capital baiana.

Foi um evento bem organizado, onde houve premiação para todos os competidores. 

Houve um problema com a transmissão ao vivo do evento, onde por problemas técnicos, não foi possível transmitir nas duas plataformas que estavam previstas, o Facebook e o Youtube, mas nada que tirasse o brilho do evento e nem o gosto de quero mais. Não a toa, já está sendo elaborado um calendário para o ano de 2021 que contemplará mais algumas cidades, que tem líderes locais.

Atletas de equipes como Gfteam, Red scorpion, Nova União, Almeida Jiu Jitsu, Edson Carvalho, Luís Claudio Team, River Dog's dentre outras equipes abrilhantaram o evento.

O educador físico Washington Ramos é o responsável pela montagem do evento em Santo Antônio de Jesus, e já cogita mais uma edição para 2021, além do já previsto Open do Recôncavo que acontece todo mês de setembro na cidade.

Também já há conversa na cidade de Nazaré das Farinhas com o Professor Nilson Almeida e diversos outros contatos em diferentes municípios.

Campeonato com participação feminina, participação de paratletas e lutas em diversas faixas de graduação, da faixa branca a faixa preta. 

#seliguenaliga






terça-feira, 6 de outubro de 2020

CORONA VÍRUS. É POSSÍVEL PEGAR A DOENÇA DUAS VEZES?

 fonte:https://dasa.com.br/blog-coronavirus/quem-pegou-covid-esta-imune#:~:text=Uma%20pessoa%20pode%20pegar%20a,da%20China%20e%20do%20Jap%C3%A3o.


Esse é um questionamento frequente para todos. É necessário lembrar que, por ser uma doença nova, estudos são realizados diariamente para sanar nossas dúvidas e entendermos como o vírus se comporta em nosso organismo.

 


É possível ficar imune ao Coronavírus?

Ainda não há evidências científicas que comprovem a imunidade adquirida após a infecção do Coronavírus.
 

Uma pesquisa realizada por estudantes da Universidade de Hong Kong e publicada no MedRxiv avaliou os perfis de anticorpos para 15 antígenos do SARS-CoV-2. O resultado detectou que 15 pessoas com COVID-19 tinham mais anticorpos contra 11 proteínas virais do que pessoas saudáveis antes da pandemia.
 

Os testes de anticorpos contra três proteínas foram capazes de distinguir as pessoas infectadas das saudáveis. O desenvolvimento de vacinas e testes de diagnóstico se concentrou em uma proteína chamada Spike, porém os resultados da pesquisa sugerem que outras proteínas também são importantes para determinar a imunidade contra o vírus. 
 

Alguns países, como a Alemanha, cogitaram a criação de "passaportes de imunidade". O objetivo é que esse passaporte ateste que você já teve a COVID-19 e não poderá espalhar ou contrair a doença novamente, evitando restrições no dia a dia da pessoa como, viajar, trabalhar e etc. Porém, a Organização Mundial da Saúde (OMS)  já descartou essa possibilidade por falta de embasamento científico. 
 

Nesse momento também é importante mantermos nossa imunidade em dia. Algumas práticas podem ser essenciais para nos ajudar no combate ao vírus.
 

Uma pessoa pode pegar a COVID-19 duas vezes?

Já foram relatados alguns casos de reinfecção da doença por autoridades da China e do Japão.

Médicos e cientistas estão em busca de compreender melhor sobre como o vírus afeta a nossa imunidade, já que por ser uma doença relativamente nova, descobrimos a cada dia novas características.

O infectologista Edimilson Migowski, professor da UFRJ, explica que existem relatos de reinfecção, mas é improvável que guarde a mesma gravidade da primeira, geralmente é de menor impacto, afinal, o paciente já teve anticorpos. Mesmo que seja possível, essa reinfecção teria ainda pouca ou nenhuma relevância para a saúde pública.

 

Qual a relação do anticorpos e a imunidade do Coronavírus?

O teste sorológico é importante para o diagnóstico da infecção, determinar as taxas de ataque e se o organismo desenvolveu anticorpos para o novo Coronavírus.

A memória imunológica ocorre após um contato prévio com o antígeno. As chamadas células T e B são responsáveis por essa memória mais duradoura e são capazes de identificar e destruir células infectadas. Testes sobre como se comportam essas células, após a infecção do Coronavírus, estão sendo estudados diariamente.
 

Mesmo que vários testes sorológicos estejam em uso, melhorar sua especificidade e sensibilidade para o diagnóstico precoce e detectar infecções passadas em estudos populacionais, são prioridades para o momento.

 


Como distinguir nova contaminação por Coronavírus ou se ainda estou em recuperação da COVID-19? 

O recomendado para saber se ainda está em recuperação da COVID-19 ou se está contaminado novamente, é repetir o exame após 7 dias e verificar se houve mudanças no resultado e identificar o surgimento de anticorpos, que podem confirmar uma infecção ativa. O médico especialista é responsável por auxiliar nesse diagnóstico.
 

Muitas pessoas podem desenvolver os primeiros sintomas de Coronavírus, que podem incluir febre, tosse seca, dor de garganta, entre outros, porém a maioria dos casos são assintomáticos. Respeitar o isolamento social, mesmo depois de curado, é essencial para evitar a propagação do vírus e uma possível nova contaminação. 
 

Referências:

https://br.noticias.yahoo.com/quem-ja-pegou-o-novo-coronavirus-esta-imune-ao-virus-saiba-o-que-diz-a-ciencia-070003379.html

https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/05/05/coronavirus-ter-anticorpos-nao-significa-imunidade-diz-secretario.htm

https://www.bbc.com/portuguese/geral-53256941

quinta-feira, 3 de setembro de 2020

O Empreendedorismo na Capoeira

O contexto do empreendedorismo na Capoeira é aparentemente novo, porém, com base em relatos de historiadores, começa na primeira metade do século XX com o mestre Bimba e alguns outros mestres como Pastinha, Canjiquinha, Caiçara entre outros. Eles ministravam aulas em suas academias, como também em outros locais, e se envolveram em apresentações de Capoeira, Maculelê e Samba de Roda. Podemos citar também a iniciativa da professora Emília Biancardi quando lançou o conjunto folclórico Viva Bahia, no início da década de 60, que tinha a Capoeira como uma das principais atrações. Depois surgiram outros grupos deste gênero sob a coordenação de capoeiras como os mestres Acordeon, Camisa Roxa, Eziquiel e outros mestres. Segundo alguns mestres de Capoeira e pesquisadores, estes grupos folclóricos abriram oportunidade para muitos capoeiristas se estabelecerem em outros estados e países começando, desta forma, de uma maneira simples, o aspecto da internacionalização da arte/luta.

 

O mestre Bimba e, logo após, o mestre Pastinha traçaram os primeiros passos da Capoeira como arte/educação, trazendo outro significado para a arte/luta que antes era discriminada. O mestre Bimba, por exemplo, ministrou aulas para alunos do curso de medicina e acredita-se que com estas experiências conseguiu aperfeiçoar a metodologia da Capoeira Regional, sem perder a sua essência. Possivelmente, estes mestres, principalmente o mestre Bimba, traçaram um objetivo no qual pudessem enxergar as possibilidades de expandir “seus negócios” para conseguirem se estabelecer financeiramente. Vejam a percepção do escritor Jorge Amado, sobre o mestre Bimba, na primeira metade do século XX: “O único profissional baiano da capoeira é mestre Bimba, um dos mais afamados da cidade” (trecho retirado do livro Bimba é Bamba – A Capoeira no Ringue, escrito por Frede Abreu).

 

Com a expansão da Capoeira para outras áreas, como por exemplo a área escolar, ela passou a ganhar legitimidade e, em Salvador, na década de 60, segundo Acúrsio Esteves em seu livro A Capoeira da Indústria do Entretenimento, passou a ser praticada na Escola Thomaz de Aquino, em Salvador, com o mestre Aristides. Desde então, abriu-se o que podemos chamar, atualmente, da grande cartada para o capoeirista se firmar como profissional.

 


Dentro dos contextos citados acima, estas diversas frentes, como apresentações, mundialização, Capoeira nas escolas, academias exclusivas da arte/luta, proporcionaram a abertura de outros mercados paralelos como a venda de instrumentos, CDs, DVDs, livros, roupas, etc. Alguns grupos de Capoeira, a partir da década de 80, iniciaram um processo de franquear seus trabalhos que eram centralizados na matriz do grupo pelo mestre. Os grandes eventos começaram a ser realizados, em um primeiro momento, na década de 80, com cunho nacional, porém, com a abertura do mercado no exterior, os internacionais tornaram-se rapidamente uma realidade. O antigo Escritório Internacional da Capoeira e Turismo ligado a SETUR (Secretaria de Turismo do Estado da Bahia) realizou uma pesquisa mostrando a dimensão deste mercado citado.

 

A vontade do capoeirista trabalhar exclusivamente ou parcialmente com a Capoeira, normalmente, está diretamente ligada a necessidade de ser um empreendedor. Alguns grupos alinham seus componentes dentro de uma estrutura profissional, dando instruções relativas as possibilidades de trabalho por meio da Capoeira. A arte/luta oferece muitas vertentes de trabalho, como, por exemplo, a de artesão, para aquele que confecciona e vende instrumentos, do artista/profissional, que é contratado para se apresentar em show folclórico, a do educador escolar, etc.

 

Para a pessoa que quer seguir carreira dentro da perspectiva do empreendedorismo sugiro um entendimento do que seja a Capoeira como instituição. Muitas pessoas pensam que a Capoeira, por ser uma arte popular, pode tudo. Contudo, para entrar nesse caminho empreendedor/profissional o entendimento da Capoeira como instituição é imprescindível. Sugiro, também, uma análise do mercado capoeirístico associada a afinidade e habilidade, de quem tem interesse de ser empreendedor, para que este processo de trabalho não seja interrompido.

 

O campo de políticas públicas é a bola da vez para alguns capoeiras  empreendedores, ONGs (Organizações Não Governamentais), MEIs (Micro Empreendedores Individuais) e produtoras culturais, porém é necessário uma maior difusão desta área de atuação para abranger um número mais significativo de capoeiristas. Para os profissionais da Capoeira, que querem se firmar neste campo de atuação, é preciso ter paciência e persistência para ler longos textos de editais, ter organização para o momento de prestação de contas e/ou se associarem a uma empresa que compre o sonho do capoeira e tenha experiência nesse segmento para entrar no projeto como parceira.

 

É inquestionável a presença de bons empreendedores na Capoeira, desde as épocas passadas, citadas anteriormente, contudo, o caminho não é tão simples assim. Ter um(a) bom(boa) orientador(a), que mostrará a essência da Capoeira como instituição, afinidade no que faz, estudos e muita perseverança, com certeza aliviará as tensões que acontecerão nesse caminho de quem busca o empreendedorismo. Como colocou Adam Smith sobre a “mão invisível”, na obra A Riqueza das Nações, o mercado se movimenta e as pessoas, para não perderem a linha de ação, têm que estar sempre antenadas. Por mais que os capoeiras trabalhem com os movimentos do corpo, às vezes o mercado pode lhe dar uma rasteira!

 

 

Ricardo Carvalho

Mestre Balão

Presidente do Instituto CTE Capoeiragem

Empreendedor Sócio Cultural Esportivo

terça-feira, 11 de agosto de 2020

REVISTA GUARDA FECHADA

 SURGE DO ANSEIO DE ELEVAR CADA VEZ MAIS A AUTO ESTIMA, AS INFORMAÇÕES E A INTERATIVIDADE ENTRE OS PRATICANTES DAS ARTES MARCIAIS PRATICADAS NA BAHIA A PRINCÍPIO, DEPOIS PENSANDO DE UMA FORMA MAIS AMPLA, NO NORDESTE. LOCAL ONDE PODEMOS DIVULGAR CARACTERÍSTICAS, CULTURAS, ASPECTOS E ESPECIFICIDADES DE NOSSO CENÁRIO, NÃO APENAS DE LUTAS, MAS TAMBÉM DE ESPORTE E CULTURA GERAL. ONDE PODEMOS DIVULGAR EVENTOS, MARCAS E SERVIÇOS.VIDA LONGA A REVISTA GUARDA FECHADA


https://www.canva.com/design/DAEEb65Wq_o/h4g94Ym9j4Xk-zgZ3eRvrw/edit

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Serenidade: uma estratégia para melhorar a saúde física e emocional.

Com tantos compromissos e atribuições, manter uma vida livre de preocupações parece tarefa cada vez mais complicada. Tanto no âmbito pessoal quanto no profissional, o estresse e a exaustão costumam marcar presença de forma constante. Neste contexto – numa escala de 0 a 10 -, o quanto você se considera uma pessoa tranquila e equilibrada? Pois saiba que, mesmo sendo difícil viver momentos de calmaria e serenidade, eles são essenciais para a saúde física e emocional. Especialmente em função de criar uma proteção para o corpo contra doenças e contribuir para maior longevidade.


Uma pessoa que consegue manter a calma em situações adversas tem mais facilidade para lidar com os problemas. Ou seja, para além do bem-estar, a serenidade ajuda a tomar melhores decisões para focar em planos e objetivos. Além disso, é possível ser mais feliz, livre de ansiedade e estresse. Para ter mais tranquilidade em seu dia a dia é importante basear suas atitudes em autocontrole e autoconhecimento. Tudo para não deixar que contratempos causem muitos impactos em suas emoções. Assim, para desenvolver a paz mental é recomendado investir em alguma atividade que o conecte consigo mesmo.A meditação, a Yoga são alguns exemplos. Mas pequenas e simples mudanças em seu estilo de vida também podem aumentar sua sensação de tranquilidade. Que tal descobrir sua própria fórmula? Vale lembrar que a paz interior não está exatamente relacionada à espiritualidade. Na verdade, ela também tem a ver com um estilo de vida equilibrado.

 

DICAS PARA DESENVOLVER A SERENIDADE

– Evite ser uma pessoa impulsiva
– Exercite o pensamento positivo
– Reclame menos
– Seja uma pessoa grata a tudo o que possui
– Não alimente suas preocupações nem foque sua atenção em seus problemas
– Elimine expectativas negativas
– Não se entristeça com facilidade
– Ignore comentários maldosos e negativos sobre você ou sua vida
– Mude sua postura perante dificuldades
– Seja mais otimista
– Estimule sua felicidade e bem-estar com atividades que lhe façam bem
– Pratique a meditação diariamente
– Não tente controlar a sua própria vida
– Não alimente seus medos
– Evite se envolver em brigas e discussões
– Foque no presente
– Mantenha a sua mente equilibrada e estável
– Substitua pensamentos negativos por positivos
– Desenvolva o hábito de ser uma pessoa alegre e agradável
– Exerça o seu autocontrole
– Cultive a alegria
-Pensamento positivo sempre

O desafio dos exercícios e da retomada dos esportes com a Covid-19 .

Médico reflete sobre as repercussões da pandemia de coronavírus e do isolamento social nos treinos e o futuro das competições esportivas
Por Dr. Eduardo Rauen, médico do esporte.


Já sabemos de longa data que o exercício físico melhora a imunidade e a saúde em geral. Porém, com a pandemia do coronavírus, muitas pessoas que praticavam atividades de forma regular deixaram de fazer ou diminuíram (e muito) sua quantidade e intensidade.  
Confinados, não imaginávamos a proporção que o isolamento poderia tomar e as restrições impostas à prática esportiva. As sociedades médicas ligadas ao esporte reforçam a necessidade de fazer exercício, tomando todas as cautelas que a situação ainda pede. 


                                   







Se para as pessoas que malhavam duas ou três vezes por semana o cenário ficou complicado, imagine para os atletas profissionais. Pegos de surpresa com a paralisação dos treinos, muitos foram compulsoriamente colocados na geladeira, isolados e sem prazo para voltar à ativa. 
Os treinamentos em casa aumentaram e muito, inclusive com equipes utilizando aplicativos para monitoramento das aulas. 



A exemplo de quem faz atividade física para viver melhor, os profissionais do esporte tiveram rotinas alteradas, com impactos na alimentação, no acompanhamento e na forma e no desempenho físicos. Isso sem falar nas repercussões no trabalho, com redução salarial devido à perda de patrocinadores e à ausência de competições.

Mas, com o controle da pandemia, como será a retomada? Teremos público assistindo aos jogos nos ginásios e estádios? Como os jogadores poderão se comportar em campo ou quadra, já que o contato físico é quase uma necessidade em boa parte dos esportes coletivos? Como ficarão as viagens? As equipes deverão fazer quarentena após as partidas? Clubes terão de fazer testagem para o coronavírus de tempos? A doença afetará o desempenho dos atletas por muito tempo?

São perguntas sem respostas ainda, digamos corretas e ou seguras. os protocolos, de saúde e higiene estão sendo montados. Alguns países que atingiram o pico (platô) do índice de infectados e mortos pela pandemia, hoje tem a chamada Imunidade de Rebanho, que é quando uma grande parcela da população adquire imunidade a uma doença. 
Não se sabe ainda se quem adquiriu o vírus da Covid 19 tem a imunidade ou se apresenta essa imunidade apenas por um tempo. E o fator máscara. Muitas pessoas treinam com o uso da máscara. Porémk, cientistas do esporte não aconselham o uso da máscara para atvidaes de alta intensidade, pela absorção do Gás Carbônico expelido durante a respiração.
Estamos num período de muitas dúvidas. Esperamos a vacina, que apesar de prontas e algumas já na FASE 3, que é a aplicação em humanos. Não há, como dito anteriormente, a certeza de imunidade ao vírus. 
Aqui no Brasil, em alguns estados, as atividades esportivas já foram retomadas. Teremos que nos adaptar ao novo normal.



 


sexta-feira, 29 de maio de 2020

Mestre Luíz Cláudio








GM Reyson Gracie



Batemos um papo com o Professor Luiz Cláudio, faixa preta 5° Grau, líder da Equipe Gracie Barra Boca do Rio, em Salvador Bahia. Luiz Cláudio nos fala de seu início no.Jiu Jitsu, intercâmbio com o Judô e certificação como 5° Grau em Jiu Jitsu. 
Muito bom falar com quem vive a história



Ez-Sabemos que o senhor é das primeiras turmas de Jiu Jitsu Brasileiro da Bahia. Conte como o senhor conheceu o Jiu Jitsu?

LC- conheci o JIUJITSU  na década de 90 através de Clóvis, um amigo que trabalhava junto comigo no pólo petroquímico. Ele  já praticava o JIUJITSU no Espírito Santo e quando chegou aqui,  me convidou para praticar a arte, na qual eu a desconhecia.
Daí nós fomos na academia BUDOKAN e após assistir a primeira aula, me apaixonei pelo esporte. No dia seguinte,  me matriculei e comecei a praticar


Ez- O senhor chegou quase a faixa marrom com o Mestre Charles Gracie e depois continuou o legado com o Mestre Reyson Gracie. Quando o senhor foi graduado a Faixa Preta?

LC- Eu treinei com o Mestre Charles Gracie até a faixa  roxa. Antes dele ir para o Estados Unidos, ele trouxe o seu tio, Mestre Reyson Gracie para dar continuidade ao legado. Eu fui graduado a faixa preta em 22 de Janeiro de 1998 pelo Mestre Reyson Gracie.


EZ- Sabemos que existe por parte de alguns praticantes que já iniciaram no Jiu Jitsu, uma certa mágoa dos professores que migraram do Judô para o Jiu Jitsu na época, e depois alguns foram graduados e outros se auto graduaram faixa preta. Qual seu sentimento a respeito dessa questão?

LC-Essa é uma situação muito delicada, mas por minha parte não existe mágoa. Eu me lembro que na época, os faixa preta de Judô que entravam no Jiu Jitsu, por já terem certa experiência, ficou acertado que eles começariam na faixa azul. E enquanto se auto graduar, eu não concordo, porque praticantes de toda arte marcial, tem que ter um professor para lhe graduar. Eu mesmo recebi meu 5° grau em 2016, e todas as minhas graduações, o meu Mestre Reyson Gracie, estava presente.


Ez-Está recentemente explicito uma situação de reconhecimento de graus que o senhor está tendo problemas, mesmo com certificado assinado pela CBJJ/IBJJF. Nos fale dessa questão e quão próximo de resolver está?


LC-Eu estou enfrentando um problema grande com a CBJJ/IBJJF. Já venho tentando a anos resolver esse problema, mas é muito complicado, uma vez que você não tem contato com ninguém da  CBJJ/IBJJF, só via e-mail. Espero que isso se resolva logo.

EZ-- Como o senhor encara o Jiu Jitsu baiano de sua primeira experiencia até os dias atuais

LC-De lá pra cá teve muita evolução, a Bahia hoje tem muitos faixa preta renomados, e a arte vem crescendo cada vez mais. Eu tive o privilégio de começar na faixa branca, e estar até hoje com os meus mestres Charles e Reyson Gracie. Sou muito grato aos dois, que puderam me ensinar a arte e me fazer multiplicador dela.




EZ- Deixa um recado aos leitores do Blog.

LC- Agradeço ao Blog Estrangulamento Ezequiel pela entrevista, estou sempre a disposição. Obrigado, OSS!

Zeux Jiu Jitsu

https://youtu.be/zbI04wwYxJE

Meu amigo Rafael Sampaio e um bate papo sobre a marca Zeux

quinta-feira, 7 de maio de 2020

ARTES MARCIAIS

 Indicam para o leigo ou não iniciados espécie de luta disciplinada, onde o treinamento constante e, por longo tempo, leva à perfeição de movimentos, tornando seu praticante invencível, atacando ou contra-atacando de modo técnico. 
Em realidade é técnica de ataque e defesa, levando em conta a habilidade do lutador ou do praticante, seus reflexos, sua agilidade e coragem, sem o que seria inexpressiva. A filosofia que a envolve e que nos chegou, registra uma disciplina férrea, lealdade e respeito, antes que seu praticante se ver obrigado a atacar ou contra-atacar. Então há de ser forte, rápido e contundente, surpreendendo, inclusive, o oponente. 
A responsabilidade daquele que detém conhecimento marcial é enorme, colocando o outro, às vezes o inábil,  no abrigo da legítima defesa, nos permissivos legais. Considere-se, sobretudo, os aspectos éticos e humanos impondo estreitos limites. Esse é o imaginário, perseguido, ao qual os que detém conhecimento marcial estão obrigados.            
Poucos são os registros históricos permitindo avaliar a história e o desenvolvimento das artes marciais e suas adequações aos locais onde são praticadas. Existe quem diga que a história das artes marciais começa com o desenvolvimento da civilização, quando as pessoas ao acumularem riquezas, sentiam necessidade de proteção, abrindo espaço para a profissional de lutas fortes e vigorosas. A origem das artes marciais é cercada, assim, por muitas dúvidas e teorias diferentes”.
“Uma teoria, principalmente no oriente, é que um monge indiano chamado Bodhidharma, saiu da Índia no séc. VI e veio para a China, chegando a um mosteiro ensinou yoga e uma forma de luta rudimentar indiana, que mais tarde viraria uma forma de luta Shaolin e se espalharia por toda a China. Porém, arqueólogos acharam registros em escavações que o kung fu existe na China há mais de 5.000 anos.”
Até o termo arte marcial enfrenta controvérsia. Dizem estudiosos que essa designação se deveu ao deus da guerra, Marte, cultuado pelos gregos e romanos. Outros, que o termo seria tipicamente oriental, pois, designa reverência à guerra. E mais outros, que sua origem era ocidental, em referência as artes da luta e da guerra. 

Atualmente “o termo é usado no oriente e ocidente para lutas com ou sem armas tradicionais. Bu-shi-do no Japão ou wu-shu na China são termos mais específicos para o combate, apontando para “...o caminho do guerreiro”.
Hapkido, kung fu, karatê, esgrima, arqueirismo, hipismo, etc, são modalidade consideradas artes marciais, destaque para as três primeiras, que encerram e explicam as técnicas de luta corporal.  “Hoje são praticadas com três funções: modalidades mais esportivas, visando somente à competição; modalidades mais marciais que praticam a defesa pessoal em uma situação sem regras; e os que praticam buscando um melhor condicionamento físico, mental e espiritual”.
No Brasil, em termo generalizado de artes marciais brasileiras, tem-se o Morganti Jiu-Jitsu, Berimbau, Jiu-jitsu brasileiro, Juate-dô, Capoeira de Angola - com a evidência do Mestre Pastinha -, Capoeira Regional - cujo fundador Manuel dos Reis Machado, Mestre Bimba, nela inseriu golpes marciais, com seus jogadores deixando o jogo miúdo do chão, para o combate alto, com golpes diretos, mais agressivos - Maculelê, Kombato (Português)...   


Por Geraldo Leony Machado (Gato Russo – aluno de Mestre Bimba)
Jornalista
Escritor
Estatístico
Oficial de Marinha
Advogado
Capoeirista com especialização na arte e judoca

terça-feira, 5 de maio de 2020

O valor do reconhecimento humano.


Acredito que reconhecer o valor de alguém pelo que é e pelos seus atos e realizações tem um contributo grandioso para a vida da pessoa reconhecida, mas também para todos aqueles que gostam de aprender pelo exemplo.
A atitude de reconhecimento genuíno do valor de um ser humano constitui um sentimento ímpar no acréscimo de estímulo, motivação, valorização, desenvolvimento pessoal e espiritual.
O valor humano engrandece com todos os sentimentos positivos das pessoas que o rodeiam.
Reconhecer e ser reconhecido pelo valor intrínseco e explícito é um ato da maior importância para a valorização do Ser. Praticado com verdade, justiça, razão, sentimento e equilíbrio emocional, sempre que contribua para o acréscimo do outro.
Então, justo se faz prestar e preservar homenagem ao mestre Ary Correia Dantas por todo arcabouço construído ao longa de sua vida.

Por Geraldo Dias Machado
Advogado
Mestre em Hap Ki Dô

Mestre Ary Correia Dantas. Esquecido ou desconhecido.

É com uma grande insatisfação que ponho o tópico ou título dessa postagem. Mestre Ary Correia Dantas, um nome desconhecido pela maioria e esquecidos por muitos, infelizmente por muitos que ele graduou e ou certificou.

O Mestre Ary, hoje tem a certificação de Grão mestre pela FENAM (FEDERAÇÃO NACIONAL DE ARTES MARCIAIS)… através da equipe Red Scorpion de Jiu Jitsu tradicional, e é também reconhecido e diplomado pela linhagem do Mestre Oswaldo Fadda. 
Nascido em 22 de outubro de 1934, iniciou sua carreira no Jiu Jitsu em 1946,(período Pós Guerra), no Núcleo JK em Mata de São João, Bahia.  Foi aluno de um imigrante japonês chamado Omoura Yamagushy, sendo hoje 9º grau em Jiu Jitsu e 5º Dan em Judô. 
Aposentado pela empresa Petrobras, ministrou cursos de defesa pessoal a empresas de grandes nomes como a Cactus, Polícia Militar da Bahia e na própria Petrobras. 

Apesar de todo lastro em sua arte, toda bagagem e todo esforço inicial das Artes Marciais em terra baiana, vem o X da questão. 
Será que apenas uma instituição tem o poder de certificar um Mestre? Esse é um pensamento meu. É óbvio que eu sou super a favor da certificação. Isso passa respeito, credibilidade, seriedade e profissionalização da arte. 
Mas também percebo que outras entidades perdem força no quesito certificação, quando não há uma certificação por uma entidade mais badalada. Eu não tenho know how, conhecimento de causa e nem de histórias, para falar da biografia do Grão Mestre Ary Correia Dantas. Hoje um senhor acamado de 85 anos, mas não acho justo que só se faça honrarias a ele depois de falecido. E tenho certeza não se tratar de um picareta ou de um aproveitador. Tenho certeza que tem bagagem para ser reconhecido como um Faixa vermelha. E penso que a comunidade do Jiu Jitsu baiano deveria se orgulhar em ter um faixa Vermelha vivo (Que venham mais) e que lutassem por essa causa.
Lembro de um professor fazendo uma postagem em rede social, após o seu tão sonhado certificado pela CBJJ. ele postou: "Diga não aos falsos professores. exija um que seja certificado". Eu então perguntei a ele. O senhor foi falso até ontem? passou a ser verdadeiro hoje que sua certificação chegou?
Tenho certeza que ele não fez por mal, e assim como eu busca o melhor para si e para o Jiu Jitsu, e a certificação passa por isso. mas então os difundidores do Jiu Jitsu a Família Gracie era falsa antes de existir a Instituição que os condecorou como Mestres e Grãos Mestres? Tem muita gente certificada que faz mais mal do que bem a arte Suave.
Aconteceu algo parecido com a capoeira aqui na Bahia. Os grandes Mestres do Saber ancestral, muitos deles eram analfabetos, e a capoeira subjugada ao guetos. Quando a capoeira passou a fazer parte curricular no curso superior de Educação Física, exigiram nível superior a esses grandes nomes. Enfim...espero que o Grão mestre Ary Correia Dantas seja homenageado ainda em vida e que alguém possa falar de sua Biografia melhor do que eu, pois como disse antes, eu não a conheço, apenas admiro o Mestre e lamento o seu esquecimento por não representar uma Instituição



sexta-feira, 17 de abril de 2020

Luta "Agarrada" Marajoara. O "Grappling" 100% brasileiro




Luta Marajoara ou Agarrada Marajoara é um tipo de combate corpo-a-corpo semelhante ao wrestling, praticado no norte do Brasil, principalmente nas festividades dos povoados do arquipélago do Marajó, no município de Cachoeira do Ararí, onde o objetivo do combate é projetar o corpo do oponente de costas ao chão e domina-lo.
Dário Pedrosa, profissional de educação física e árbitro de Luta Marajoara define esta arte marcial como sendo a única modalidade de combate corporal legitimamente brasileira. Oriunda das práticas de lazer dos caboclos da região do Arari, na ilha do Marajó, esta arte reúne características próximas a outras artes marciais como a Grego Romana, por exemplo.
A Luta Marajoara foi praticada originalmente na Ilha do Marajó, região Norte do Brasil. Disputada entre dois atletas, por vez, não permitindo nenhum tipo de ato contundente com os membros (socos, chutes,.etc), nem estrangulamentos, como chaves ou traços. Na sua essência a Luta Marajoara é, das artes marciais, a menos violenta, motivo pelo qual reúne condições de interagir com todos as faixas etárias, pois é verdadeiramente uma luta suave, onde os oponentes buscam, tão somente, o desequilíbrio e a projeção um do outro.

Há uma indefinição quanto a origem real desta arte marcial. Alguns escritores já citaram as práticas do povo indígena Aruás e a influencia dos escravos africanos na sua criação. Outras teses, com maior poder de coerência e proximidade com o que é praticado nos combates atuais, a influência das brigas entre búfalos observadas e reproduzidos por caboclos, a exemplo do que fizeram os orientais criando estilos de luta baseadas nos movimentos de ataques e defesas de animais (como a serpente, o leopardo, etc). ou amistosos confrontos feito por vaqueiros, em atividades de lazer para aquecimento do corpo ao final do dia. Passando a ser tradição na festividade do Glorioso São Sebastião, de Cachoeira do Arari.
As duas teses se fundem numa única dentro do contexto do lúdico, quando a prática ainda era chamada pelos nomes de: agarrada, cabeçada, lambuzada ou derrubada. Nomes registrados ainda hoje nos municípios de Cachoeira do Arari e Santa Cruz do Arari, possíveis áreas onde a arte foi iniciada, sendo remanescente em Salvaterra, Chaves e principalmente Soure, que devido a grande incidência de propriedades pecuaristas, predominou a cultura da criação de búfalos, animal que pode ter influenciado na criação da luta.
Se levarmos em consideração que a chegada dos búfalos no Brasil deu-se através da ilha do Marajó, na ultima década do século XVIII, numa ação do pecuarista Vicente Chermont de Miranda, então poderemos dizer que esta luta pode ter seu surgimento referendado também por este episódio, em datas próximas.
É em Cachoeira do Arari durante a procissão dos mastros pelas ruas da cidade, na Festividades do Glorioso São Sebastião, os devotos banham-se e praticam a luta marajoara na lama das primeiras chuvas do ano, durante o inverno marajoara no mês de Janeiro. A festividade, que funde o profano com o religioso, ocorre sempre de 10 a 20 de janeiro, com a chegada das chuvas, o ano que poderá ser de fartura, caso chova muito ou de dificuldades caso chova pouco ou não chova.
Com a chuva forma-se grande quantidade de lama pelas ruas da cidade e é la que a lambuzada se faz presente. Eles sujam-se, uns aos outros, na lama considerada abençoada. E quem não se lambuza não terá a proteção do santo chamado pelos devotos apenas como “Bastião”.
Somente na metade da década de 90 esta prática começou a receber uma nova denominação, agora sim, como Luta marajoara, devido a iniciativa de órgãos públicos que passaram a promover torneios com lutadores devidamente preparados e com premiação de destaque para aquele que seria considerado campeão. Saindo então ai, o elemento lúdico e entrando a prática desportiva de rendimento, com a necessidade de regras mais especificas e rígidas que permitissem a ação de arbitragem para mediar os combates.
Em Salvaterra, Soure e Cachoeira do Arari, as Prefeituras Municipais buscaram incentivar esta prática com disputas motivadas por premiações. A imprensa passou, então, a demonstrar interesse no seu registro. Tanto que, na festa do aniversário de Salvaterra, pelos seus 36 anos, em 1998, ocorreu a primeira filmagem da luta por uma equipe de jornalismo televisiva. A TV Record de televisão, trazida ao município para registrar as atividades da festa, veiculou a matéria em rede nacional.
Depois o Governo do Estado do Pará veio ao Marajó promover os Primeiros Jogos de Identidade Cultural, nas areias da Praia do Pesqueiro, em Soure. E a Luta Marajoara teve então oficializada esta denominação e definidas regras de disputas, em comum acordo com os lutadores e os preparadores físicos, além dos estudiosos no assunto que participaram do evento. Destaque para os pesquisadores e árbitros Leandro Gavinho, João de Deus e Dário Pedrosa.

Tipos

Existem dois tipos de luta marajoara, a tradicional e a esportiva. A tradicional é praticada nas fazendas da região em solo com areia, argila ou grama (para evitar grandes lesões), e a esportiva nos eventos organizados pelo Governo Municipal e conta com apoio de organizações que regulamentam a prática, definem as regras e organizam campeonatos. Até o momento a Luta Marajoara não tem graduação e também não foi estilizada.

Regras

O ambiente comum para que ocorram as disputas, deve ter solo com areia, argila ou grama, pois a regra básica do combate é derrubar o oponente no chão e encostar suas costas o suficiente para que seja considerado dominado. O sinal escolhido pelos caboclos e mantido pelos desportistas. Para definir o combate, observa-se os detritos do solo, seja argila ou grama, nas costas do lutador.
Alguns torneios convencionam regras para as disputas o que acaba por permitir práticas com normativas diferenciadas de um município ou evento para outro. Porém, o mais comum é:
1. Mínimo duas categorias de lutadores com base no peso, até 80 kg e superior a 80 kg; além dos gêneros, onde o lutador tem oponente do mesmo sexo; e o respeito a faixa etária, discriminando o Amador (até 35 anos) e o Master (acima de 35 anos);
2. O “pé casado” deverá ser a posição inicial de luta e servirá também para reinicio de combate em caso de intervenção da arbitragem;
3. Um circulo com raio de pelo menos dois metros deve ser desenhado no chão para servir de área de combate, não podendo os lutadores saírem desta área.
4. Proibido o uso de óleos ou qualquer tipo de adereço sólido no corpo, muito menos unhas destacadas.
:5. Proibido o uso de atos contundentes com qualquer parte dos membros: socos, chutes e tapas. E estrangulamentos, como chaves de braços ou pernas.
6. A luta deverá desenvolver predominantemente em pé, buscando sempre a projeção através de agarradas, empurradas e puxadas, desequilibrando o adversário rumo ao solo. Nos casos em que ocorrerem a derrubada sem que a costa seja posta  em contato suficiente com o solo para a finalização do combate, deverá o árbitro permitir a luta de chão somente o tempo suficiente para que o esforço na finalização seja concluído. A falta de progresso na disputa pela finalização dará ao árbitro a condição de intervenção, solicitando os dois lutadores para que voltem a posição de “pé casado” em pé, reiniciando a disputa.
7. A equipe de arbitragem deverá ser composta por até três técnicos conhecedores das regras. Sendo dois árbitros auxiliares que permanecem do lado de fora do circulo observando toda a movimentação, para indicar ações irregulares ou auxiliar na decisão final, caso a luta não seja finalizada no tempo comum. O arbitro principal é o responsável pela integridade física e moral dos atletas e pela aplicação correta das regras, permanecendo para isso dentro do circulo de combate. Cabe somente a ele a responsabilidade de iniciar, interromper ou encerrar o combate.
8. A luta ocorrerá em round único, com tempo de até cinco minutos. Caso a luta não seja definida neste tempo (empate), os árbitros votam para desempatar; podendo ser dada uma prorrogação de até três minutos.

Golpes Proibidos

Alguns golpes são considerados perigosos de serem aplicados em combate, teriam sido criados pelos caboclos nos primórdios. Este golpes já teriam sido registrados como letais e levado a morte alguns praticantes, basicamente por fratura de cervical, são eles: Boi Laranjeira, Fincada e Recolhida.

Fonte: wikipédia

quarta-feira, 8 de abril de 2020

HONRA AO MÉRITO

 O Presidente da Associação Red Scorpion de Jiu Jitsu Tradicional Brasileiro, Mestre Clóvis Carmelito de Carvalho Botelho, juntamente com o Diretor Tesoureiro da instituição Washignton de Macedo Ramos, Sensei Nilson Dias da Paixão, Sensei Juracy Moura Silva Junior e o aluno Leonardo Andrade dos Santos,  entregaram nas mão do Gran Mestre Ary Correia Dantas, o Diploma com o título de Presidente  Honorário da RSJJ. Na ocasião o Gran Mestre  , que completaria 84 anos de idade no dia seguinte à entrega do diploma, e  estava se recuperando de um problema de saúde, preferiu receber a comissão em sua residencia localizada na Cidade de Salvador.

          Na mesma oportunidade o Mestre Clóvis Botelho apresentou ao Gran Mestre o Diploma de Entidade Associada a Confederação Brasileira de Jiu Jitsu Esportivo - CBJJE , conferindo a esse Mestre do saber, não apenas um agradecimento, mas um avivamento de uma história que infelizmente não é contada por muitos.  a historiografia em muitos momentos é bastante desleal e injusta, pois a fama, os holofotes e o dinheiro muitas vezes transformam pessoas que pouco ou nada fizeram pelo esporte em verdadeiros heróis, e alguns com um legado imenso, mas caridoso e silencioso, muitas vezes são entregues ao ostracismo e ao esquecimento. 
"Por isso, continuaremos a homenagear o nosso Mestre em vida, para ele saber o quão especial ele é para nós", palavras do Mestre Clóvis Botelho.

ENTREVISTA COM O MESTRE. KODANSHA CRISTIANE CARVALHO

Mil Vivas!!!! 
A primeira baiana a atingir o nível KODANSHA (Faixa Vermelha e Branca) no Judô. Que você seja a primeira de muitas mulheres a atingir esse nível em nossa terra.
Membro da família tradicionalíssima do Judô e Jiu Jitsu baiano, pertencente ao Clube Itapagipano de Judô  filha do Mestre Ciro, irmã e Mãe de diversas personalidades do cenário de lutas. Parabéns e Vida longa a você Mulher Guerreira!!!!

Numa breve entrevista, ela nos fala da satisfação em atingir a graduação, do inicio em que o Judô era raro para meninas e do legado que ela deixa a todas desportistas da Bahia.



EZ- Kodansha Cristiane Carvalho. A primeira Mulher Baiana a atingir esse nível dentro do Judô. Qual sensação pelo colhimento desse fruto?

KC- Muito feliz e agradecida por ter conseguido alcançar essa graduação.
Dando enorme satisfação  e orgulho também à todos que conhecem o nosso trabalho!
Irmão Ciro, também promovido a KODANSHA
Quatro gerações do Judô baiano
EZ- A senhora é de uma família tradicionalíssima do Judô baiano e brasileiro. Como se deu o seu primeiro contato com o Caminho Suave?

KC-Aos sete anos,  quando meu pai Professor  Ciro permitiu depois de muita insistência minha que frequentasse as aulas em nossa academia,  se eu conseguisse que alguma colega minha também aderisse.  então corri atrás e consegui.  (Risos)


Com o filho Bruno carvalho e o Neto Théo






EZ- Seus dois irmãos (Edson e Ricardo Carvalho), fizeram parte do início do Jiu Jitsu na Bahia. Mais tarde seu filho Bruno também enveredou pelo Jiu Jitsu e MMA. O Jiu Jitsu não te 'seduziu'?

KC-Não tive essa vontade de conhecer e praticar o Jiu Jitsu.
Meus irmãos foram excelentes atletas de judô e os viés da vida levaram -nos ao Jiu Jitsu.
Meu filho Bruno, acredito que tenha acontecido o mesmo.
Eu fiquei com Ciro (outro irmão), também promovido a KODANSHA e meu pai à frente da nossa academia CIJ  - Clube Itapagipano de Judô.





Alguns alunos Judocas
EZ-A senhora enxerga que esse legado de Mestre ou Exemplo acaba te tornando referência para outras mulheres do Judô ou até de outros esportes?

KC-Tenho consciência da responsabilidade que é ter essa graduação e, como sendo a primeira mulher na Bahia vou continuar incentivando e apoiando o judô baiano,  principalmente às mulheres de todas as idades, para que consigam vencer as adversidades do esporte onde 90% são homens.
Também tenho ciência de grandes mulheres nos mais variados esportes. 
A elas meu respeito e admiração!
Família no Clube Itapagipano de Judô



EZ-Gostaria que a senhora deixasse uma consideração final aos leitores do Blog.

KC- Agradeço de coração a todos que direta ou indiretamente ajudaram,  influenciaram e
apoiaram em minha trajetória de vida dentro e fora do judô.
Obrigada, sintam-se abraçados.

Crônicas do Jiu Jitsu. Uma história inspiradora.

  Em uma cidade vibrante à beira-mar, havia um jovem chamado Tiago, que sonhava em se tornar um campeão de jiu-jitsu. Tiago vinha de uma fam...

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