Wikipedia

Resultados da pesquisa

domingo, 23 de junho de 2019

Marcão Socorrista

Marcos Paulo ou simplesmente Marcão é figura constante nos campeonatos de Jiu Jitsu da FBJJMMA. Além de enfermeiro/ socorrista, ele é faixa roxa de Jiu Jitsu da Equipe Raíz. Vamos acompanhar um bate papo descontraído com esse cara, que apesar de bem humorado, leva o trabalho muito a sério.


EZ- O que veio primeiro em sua vida? O Jiu Jitsu ou o trabalho como socorrista? 

MP-A enfermagem. Sou formado há 14 anos como Técnico e sou Bacharel em Enfermagem pela Faculdade Dom Pedro II. Atualmente trabalho na UTI semi-intensiva do Hospital Português. Pratico a Arte Suave há sete anos e sou ninstrutor de Jiu Jitsu, faixa roxa, aluno do Mestre Ricardo Caldeira, Equipe Raíz Jiu Jitsu Matatu. Isso para mim foi unir duas paixões, a enfermagem e o Jiu Jitsu. 

EZ-E ser socorrista em evento de luta? É diferente do trabalho de socorrista no dia a dia?

MP- Sim, muito. O trabalho de enfermagem ou socorrista nos eventos e festas ou shows tem um atendimento direcionado a um público diferente e situações corriqueiras.  Situações como mal estar, problemas de pressão alta ou baixa, escoriações por quedas, coisas desse tipo. Nos eventos de lutas como o Jiu Jitsu da FBJJMMA, temos um índice de lesões por torções em membros. na maioria das vezes ombros e costelas, mas também ocorrem cortes na face por ser um esporte de contato. Para isso temos que estar sempre atualizados e atentos à área de luta, saber conduzir o atleta, imobilizar, e por ser também praticante da arte, tenho essa vantagem. Só em olhar a situação consigo ter uma ideia do que possa ter acontecido, como um omoplata. Ao saber aplicar o golpe e conhecer a anatomia, o atendimento é bem mais especifico, assim como em diversas outras situações. É um grande diferencial do socorrista praticante do Jiu Jitsu e outras modalidades que pratico, como Boxe e Muay Thai. 

EZ-Já teve alguma situação grave ou inusitada nos eventos que você trabalha?

MP-Muitas situações graves, mas todas controladas. Graças a Deus nosso treinamento e trabalho diário nos dá essa condição de agir com rapidez e segurança nos eventos, principalmente da FBJJMMA, que contamos com o apoio da empresa Superar & Remoções, que é nossa parceira e dá esse suporte básico e avançado nos eventos com o auxílio de ambulância. Isso para uma equipe é muito importante, saber que tem um suporte para quando for preciso.  Para mim uma situação de unicidade foi quando um atleta com um problema de saúde e fazia uso de medicação foi competir e não levou o medicamento para o campeonato. isso faz com que nosso trabalho seja redobrado.  

EZ-Quais dicas você daria a um atleta de arte marcial que venha a se machucar nas lutas?

MP-Um recados para todos os atletas ou mesmo aos praticantes de esportes de contato: Façam musculação. Ela dá ao corpo a resistência, fortalece, ajuda a regenerar as lesões que venham ocorrer, e principalmente, conheçam seus limites. Não coloque em prova sua integridade sem necessidade. Vejo muitos atletas jovens que mesmo com golpes encaixados não desistem da luta e se lesionam  sem necessidade, por puro ego. Os professores também tem que ter mais responsabilidade com os seus alunos e passar essas informações para seus pupilos. 

EZ-Você realiza treinamentos para professores de Artes Marciais para o dia a dia nas academias?

MP- Estou atualizando um módulo de primeiros socorros voltado ao Jiu Jitsu nas academias, com preparação de professores/ instrutores que tenhas os seus locais de treinamentos, principalmente para turmas infantis. Será uma grande oportunidade de mostrar meu trabalho como socorrista e ajudar ao Jiu Jitsu baiano a se fortalecer. Atualmente estou tocando um Projeto Social, chamado "Filhos do Tatame", no qual eu tenho o apoio da FBJJMMA e da Equipe Raiz Jiu Jitsu, da qual eu faço parte. São aulas para crianças da comunidade, gratuita, uma realização de um sonho. Em breve teremos novidades. Aguardem!

EZ-Deixa um recado pára os leitores do Blog Estrangulamento Ezequiel.

MP- Um recado de "Jiu Jiteiro" e socorrista. Pratique sua arte, respeite seus limites, cuide da sua saúde e dos seus parceiros de treino, pois sem eles não evoluímos. Quero agradecer a oportunidade do Blog e deixar um OSS bem forte a todos. Fiquem com Deus, ELE é bom o tempo todo. 


quinta-feira, 13 de junho de 2019

Grande Peleja em Terra Baiana

É claro que o que eu vou narrar aqui se multiplica aos milhares em todos os cantinhos do Brasil. Plagiando o grande Reggae Man Edson Gomes: "...mesmo que o rádio não toque, mesmo que a TV não mostre, aqui estamos nós com um Jiu Jitsu refinado...Aleluia Jah!"
Então não é novidade que sempre tivemos ótimos lutadores , vou ser um pouco mais abrangente que na Bahia, no Nordeste. Nem precisamos citar nomes de esportistas de várias modalidades que brilham pelo Brasil afora, desde tempos remotos. É claro que por muito tempo precisávamos desse êxodo para o Sul, Sudeste por alguns motivos. Eventos, apoio, patrocínio, visibilidade.
Hoje temos o exemplo do Campeão Olímpico e do UFC, Henry Cejudo,  que vem, salvo engano para o Rio Grande do Norte treinar com os Pit Bulls Brothers. Torço que comecemos rapidamente a entender nossas raízes e usarmos nomes em português. 
Por que toquei nesse assunto então, se grandes lutas aqui é algo trivial?
É que assisti a um evento chamado Rei do Tatame, que é feito pela Federação Baiana de Jiu Jitsu e MMA (FBJJMMA), e numa de suas inúmeras disputas, dois jovens lutavam no absoluto da faixa azul. Fazendo uma analogia com o futebol, foi um jogão, aquele com direito a virada nos últimos segundos e que o resultado de vitória seria justo para qualquer um dos dois oponentes. Eu assistindo e me sentindo parte de um espetáculo. Após a finalização que valeu a virada, o jovem vencedor gritou de alegria e eu pude perceber que centenas de pessoas estavam paradas, a maioria focada na batalha que não precisamos botar grandes nomes do cenário mundial em sites da internet para assistir.
Estamos providos de grandes e belos eventos. De ótimos lutadores, isso é inquestionável. 
Hoje temos a mídia digital, que se bem usada é alavancador da imagem de qualquer pessoa em qualquer lugar.
 Precisamos agora organizar os calendários das Federações para o bem do Jiu Jitsu. 
Que bom que há eventos, mas foram quatro eventos no mesmo dia. Sendo um no extremo sul, o que não impactou o cenário da capital e região metropolitana, mas um em Feira de Santana e dois em Lauro de Freitas, que abrange em sua grande maioria o público de Salvador. 
Acredito que há inúmeros fatores em voga, mas não podemos crer que seja por questão de concorrência que essas datas chocaram, afinal, há entidades que no ano anterior já divulgam o calendário para o próximo ano.

A torcida no Jiu Jitsu e o comportamento dos atletas.

    Primeiro gostaria de deixar bem claro que é uma opinião bem pessoal a que estou deixando aqui. Em época de politicamente correto, não pretendo estar traçando que um padrão é obrigatório, ou certo e outro errado. Até porque o discurso que hoje impera é que ninguém é obrigado a nada. 
   Estava trabalhando num evento, aliás um belo evento, e haviam duas mulheres lutando. E uma delas estava com a torcida maior, ou pelo menos, uma torcida mais ativa. Mas em vez de eu ouvir palavras de incentivo para a agremiada por aquela torcida, eu só ouvia gritos, e a maioria dos gritos femininos, de menosprezo a outra atleta da peleja. Me perguntei: caramba, elas estão torcendo para uma ou odiando a outra?
  Em nota deixo claro que as mulheres que lutavam, tinham um comportamento muito bom. Uma não se deixou abater pelas inúmeras ofensas audíveis que era proferida contra ela e a outra, a detentora da torcida, se manteve paciente, evitando até a esboçar expressão sobre todos aqueles gritos. (Entendimento meu). Para finalizar, a garota que era ofendida, sorriu. Não um sorriso de desdém ou deboche, mas um sorriso de calma, não somos inimigas, estamos todas lutando para conquistar um lugar na sociedade. E esse sorriso foi o suficiente para mais uma enxurrada de ofensas.
  É claro que essas atitudes não maculam em nada o evento, e para muitos passou como algo comum ou usual, depois cada time foi para seu lado e não houve maiores intercorrências. Mas muito me chamou a atenção.
  Então, eu disse a  mim que iria me policiar a esse respeito, e que quando estiver torcendo por algum amigo, colega, aluno, principalmente no Jiu Jitsu, que dentro do tatame é um contra um, evitar falar do adversário. Focar nas qualidades, técnicas e atitudes e ajustes na luta daquele a quem estou torcendo. 
   É muito complicado você cobrar respeito sem se dar a tal. 

Crônicas do Jiu Jitsu. Uma história inspiradora.

  Em uma cidade vibrante à beira-mar, havia um jovem chamado Tiago, que sonhava em se tornar um campeão de jiu-jitsu. Tiago vinha de uma fam...

Postagens mais visualizadas