Quando temos que nortear algo com profundos valores morais embutidos em sua filosofia, como é o caso das artes marciais. Valores muitas vezes estabelecidos a ferro e fogo, custando muito caro. E como o inexorável progresso nos traz elementos de motivação, mas também de eufemismos e superficialidades, como é o caso da inclusão digital e das redes sociais.
As artes marciais muitas vezes precisaram ser ocultas e ou anônimas na vida de muitos indivíduos , como é o caso da Capoeira no Brasil e do Ju Jutsu no Japão. Os primeiros Mestres do Ju Jutsu que chegaram ao Brasil vieram camuflados como Mestres de Judô, e os antigos "Capoeiras" usavam apelidos para ficarem no anonimato. Mais tarde vieram as revistas especializadas, os zines, reportagens, até a nossa contemporânea rede social avassaladora. E nela você precisa aparecer.
Quem prefere ficar nos bastidores ficam "obsoletos", pois não são vistos em seus treinos diários e como anda a sua dieta para campeonatos e ou lutas. Não que seja errado o marketing pessoal, muito pelo contrário. Como bem disse Gibran: "...o tempo não anda para trás e nem se demora no ontem."
O grande problema é quando por trás das telas inflamos nosso ego, nos tornamos os defensores de uma arte milenar, se bem que infelizmente a picaretagem veio acompanhando esse processo avassalador de adesão as artes marciais.
Mas são muitas intrigas, muitas acusações. Lógico que os entraves são necessários, pois a passividade leva a estagnação, cria limo. E a vanguarda sempre quebra paradigmas, quebram ovos pra fazer omeletes. O ruim é quando não se passa dessa seara.
O cenário baiano está de fato m evolução visível, não digo de material humano, de talentos, pois a Bahia, desde longo tempo é cenário exportador de grandes talentos. Falo de organização, de administração. Estamos crescendo a passos largos, e isso muito se deve a concorrência criada por inúmeros eventos. Quando seu vizinho vende um produto tão bom ou melhor que o seu, o você melhora seu produto, ou você quebra. Então, vejo que os eventos locais estão em busca de melhor olhar para sua matéria prima, que são os atletas. E olha que novidades ainda virão.
O motivo para reflexão é: será que a sua necessidade virtual distorce os valores fundamentais da arte marcial?
Concordo que as artes marciais como um todo não permaneçam no anonimato,isso era válido nos primórdios das lutas como uma forma de esconder estratégias empregadas em batalhas reais de vida ou morte,hoje o grande desafio consiste fazer com que as artes marciais sobrevivam ao tempo e se adequem aos avanços usando as ferramentas viáveis para a sua divulgação adquirindo mais adeptos e servindo também como sistema educativo oque comprovadamente se faz eficiente,não vejo o meio virtual como pedra de tropeço para as tradições das artes marciais,pelo contrário vejo como forma de fortalecimento da sua cultura
ResponderExcluirMui Bueno!!!
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