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quinta-feira, 2 de novembro de 2017

O MMA e o desrespeito aos princípios das Artes Marciais.

Não foi a primeira e com certeza não será a última vez que assistiremos um lutador, seja por falta de educação, seja pelo famoso e desejado intuito de promover, de vender lutas, se comportar de forma vil e desrespeitosa. Comumente, o comportamento inadequado parte de ambos adversários, e as injúrias e maledicências ficam de forma trocada um contra o outro (Trash Talk). Mas temos ainda piores exemplos de falta de educação, quando lutadores ofendem com grosserias e impropérios, uma equipe, uma cultura, um povo, um país.
Muitos podem dizer que o MMA não é Arte Marcial, mas não podemos esquecer que é abreviação do inglês de "Artes Marciais Misturadas", ou seja, o lutador de MMA, tem que ter a base de no mínimo duas Artes Marciais para poder fundi-las e usa-las, seja no ringue, octógono ou qualquer outra arena que apresente o esporte.



É óbvio, que os mal educados ainda são minoria, mas é uma minoria que vem fazendo escola. E os eventos que promovem as lutas, até enfatizam que o cara mais polêmico, mais grosso, mais mal educado acaba sendo mais rentável para o evento. Daí o antagonismo do que é pregado, dos paradigmas da imensa maioria das artes marciais. Que é o respeito pelo adversário, a honra própria e com o próximo. Muitas Artes Marciais se desenrolava até a morte, como bem diz seu nome, Arte de Guerra, seja de mãos puras, seja com instrumentos e armas. Mas havia um ritual, um respeito.


Não é de agora que a publicidade, as disputas, faziam nome para os embates. Se formos acompanhar na História, num estudo rigoroso das diversas artes, haverá diversos relatos de duelos marcados, de desafios etc. Nos apegando a história recente brasileira, citarei dois nomes. Manoel dos Reis Machado, o famoso Mestre Bimba, que levantou a capoeira e deu a ela o nome de Capoeira Regional. Ele introduziu diversos golpes de outras Artes Marciais ,e saía anunciando nos jornais que desafiava qualquer lutador de qualquer Arte para mostrar a força da Capoeira por ele criada. De forma similar a Família Gracie fazia  para mostrar a eficácia e o poder do Jiu Jitsu Brasileiro, promovendo diversos desafios em jornais, e acertou diversas lutas com grandes nomes de outras Artes.Na verdade, os jornais da época promoviam desafios. Porém, não havia o desrespeito, os impropérios  e a falta de educação que como disse antes, vem fazendo escolas e ganhando adeptos. É preciso que isso seja repensado, seja pelo atleta, pela equipe ou mesmo pelas entidades que promovem os eventos. Não precisamos de mais gente burra, preconceituosa e ignorante. O mundo já está lotado delas. Que possamos rever, pelo menos um pouco do legado que as Artes Marciais sempre pregou.

Como bem diz uma frase atribuída ao Judô: "O Judoca não se aperfeiçoa para lutar, luta par se aperfeiçoar." 




Por: Márcio "TUCANO" Mattos.

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