PENSE NUM CARA SIMPLES, OBSTINADO E CAPAZ. ESSES SÃO ALGUNS PREDICADOS DO ATLETA DE JIU JITSU E PROFESSOR DE MUAY THAI E MMA RAFAEL LEITE.
EZ- Rafael, você é um multi artista marcial, mas especializado em Muay Thai. Como começou seu contato com as Artes Marciais?
RL- Começou quando tinha 17 anos de idade. Pedi pra treinar Jiu Jitsu com Alexsandro que era faixa roxa na época, ele me concedeu isso gratuitamente. Logo após comecei a treinar com Paulo Roberto na River Dogs, foi exatamente na época que conheci o professor Edem. Me apaixonei pelo Muay Thai, logo quis competir. Tenho muita gratidão a ele e ele é um grande treinador até hoje. Depois comecei a treinar com Alan Reis que me ensinou coisas preciosas como estudar arte marcial, aprender a treinar os olhos e me reforçou muito na importância dos fundamentos básicos. Infelizmente veio a falecer, mas sempre será meu professor. Comecei nesse mesmo período a voltar a treinar Jiu Jitsu com Mestre Pimpolho, foi aí que meu amor pelo Jiu Jitsu retornou, ganhei um Mestre e um irmão, muita gratidão por tê-lo em minha vida.
EZ- Você foi a Tailândia, local onde o Muay Thai é bem difundido e disputado. Como foi a experiência?
RL- Foi um sonho realizado. Me senti como se estivesse em casa. Os tailandeses são pessoas maravilhosas. Aprendi muito em todos os campos que visitei. Confirmei mais uma vez que os detalhes são e SEMPRE serão as coisas mais importantes. Uma experiência única que hoje divido com meus alunos e atletas.
EZ- Você apesar de jovem, além de lutador vem se destacando como treinador. Qual a sua sensação?
RL- Sempre há uma grande cobrança quando você passa a ser treinador muito jovem. Normal, sempre soube que isso aconteceria. Uso isso como combustível pra errar o mínimo possível nas estratégias, corrigir o que precisa ser melhorado e otimizar o que já é bom nos atletas. Tarefa árdua, mas que me da uma satisfação difícil de explicar com palavras.
EZ- Quais atletas estão se preparando contigo e quais eventos eles estão lutando?
RL- Marcote, Rodrigo Lídio , Diego Dias, Luan Felipe Índio, Mateus Vicente, Luís Antônio, Alexsandro Miudinho, Carlos Áspera, Rafael Rastafari.
Atualmente todos eles estão desenvolvendo bastante no cenário nacional em eventos com Shotoo, QUALIFY COMBAT e Fight On.
Destaque para Lídio que é agora o número 1 do Brasil na disputada categoria dos leves.
Destaque pra Marcote que é "rankiado" número 1 do Brasil e segundo do mundo.
Foi um ano de muito trabalho.
EZ- O que você acha do cenário baiano de lutas, não sobre o talento dos atletas, que sabemos que é muito bom, mas sobre a parte administrativa, de negócios, patrocínio, valorização dos atletas?
RL- Acho que pode melhorar ainda muito. Falta muita informação para nós professores e atletas a respeito de quais verbas públicas podemos acessar para ter uma qualidade melhor na vida dos treinadores e atletas. Falta incentivo do próprio comércio local de ver naquele jovem lutador alguém em quem valha a pena apostar. Falta a cultura de que a arte marcial é algo transformador e importante na vida das pessoas. Falta a noção de quanto a arte marcial desenvolve o papel educativo para milhares de pessoas. Acho que ainda é visto infelizmente como algo para desocupado. Enquanto no Japão, visto como algo muito nobre. Olha o nível de desenvolvimento do Japão.
EZ- E os planos para 2018?
RL- Otimizar mais ainda os trabalhos. Planejar ainda mais. Ja temos anotado tudo que precisamos melhorar e otimizar em cada atleta para 2018. Pontos técnicos, físicos e psicológicos. É aquela velha história, não existe vento a favor se você não construir uma boa vela. O planejamento é isso.
EZ- Deixa um recado aos leitores do Blog Estrangulamento Ezequiel.
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