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quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Sobre o Panamericano de Karatê. Muito mais que uma medalha!

Meu nome é Tiago Rabelo, Faixa Preta II Dan de Karatê Shotokan, Soteropolitano, 28 anos, praticante da arte marcial a 18 anos e professor a 10 anos. Diretor técnico da Associação Banzai Dojô de Karatê e Técnico Interino da delegação Baiana pela Federação Baiana de Karatê Interestilos em eventos Interestaduais e Nacionais Como atleta, detenho alguns títulos municipais, estaduais, nacionais e agora internacional.



Na última semana tive o grande prazer e honra de competir a minha primeira competição a nível internacional e consegui me consagrar Vice-Campeão de karatê na modalidade Kumitê (luta) categoria acima de 80 Kg e estou pré-convocado a disputar o campeonato mundial de karatê IKU que será disputado em Fortaleza em 2019. Foi uma competição dura, com nível técnico bastante elevado.  A Banzai levou um total de 22 atletas, todos pertencentes ao projeto social do CSU-Liberdade de Salvador, Município de Salinas das Margaridas e de Mutá da Ilha de Itaparica. Todos os nossos atletas conseguiram alguma classificação, contamos com a conquista de 16 medalhas de Ouro, 8 medalhas de prata e 11 Medalhas de bronze.




Somente nós atletas, especialmente atletas baianos, sabemos o quão difícil é manter a nossa qualidade técnica, sem ter o menor apoio governamental ou privado, sem o menor incentivo e com condições de treino deficientes. Faço parte do projeto de karatê do CSU-Liberdade, da Associação Banzai Dojô de karatê, coordenado pelo Kyoshi Marcos Lourenço 7º Dan desde os meus 10 anos de idade. Com isso tenho convicção em dizer que poucas vezes tivemos algum apoio ou subsídio  de terceiros, para ajudar a mim próprio ou outro atleta do projeto. Todas as nossas viagens, participações e conquistas foram custeadas por ajuda dos parentes ou por nosso real trabalho em realizar eventos beneficentes puramente com o intuito de levar alguns dos nossos grandes atletas de nível a participar de eventos de nível estadual, nacional e internacional.





Por isso, permito-me dizer que cada conquista é suada, que cada vitória e derrota de um dos nossos atletas é honrada. Pois por trás de cada pódio, existe uma historia de superação, seja no treinamento ou vida pessoal e fazendo isso sobre condições precárias. Não falo isso para nos fazermos de vítima ou para tentar nos enaltecer de alguma forma não! E sim como forma de desabafo e como forma de valorização, em dizer que TEMOS atletas de nível SIM! Talvez seja arrogância dizer que são melhores do que muitos que são apadrinhados políticos e patrocinados, MAS É VERDADE! Então tenho orgulho em dizer sim, que o nosso esforço desmedido e muitas vezes incompreendido, briga no mesmo nível com os melhores do país e do mundo que são hoje considerados atletas de ponta e são valorizados assim.

Meus parabéns a todos nós atletas, que possamos usar essa experiência de vida na vitória ou derrota para crescermos e subirmos de nível sempre!  OSS!




Thiago Rabelo. Diretor Técnico da Equipe Banzai Dojô






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