Primeiro gostaria de deixar bem claro que é uma opinião bem pessoal a que estou deixando aqui. Em época de politicamente correto, não pretendo estar traçando que um padrão é obrigatório, ou certo e outro errado. Até porque o discurso que hoje impera é que ninguém é obrigado a nada.
Estava trabalhando num evento, aliás um belo evento, e haviam duas mulheres lutando. E uma delas estava com a torcida maior, ou pelo menos, uma torcida mais ativa. Mas em vez de eu ouvir palavras de incentivo para a agremiada por aquela torcida, eu só ouvia gritos, e a maioria dos gritos femininos, de menosprezo a outra atleta da peleja. Me perguntei: caramba, elas estão torcendo para uma ou odiando a outra?
Em nota deixo claro que as mulheres que lutavam, tinham um comportamento muito bom. Uma não se deixou abater pelas inúmeras ofensas audíveis que era proferida contra ela e a outra, a detentora da torcida, se manteve paciente, evitando até a esboçar expressão sobre todos aqueles gritos. (Entendimento meu). Para finalizar, a garota que era ofendida, sorriu. Não um sorriso de desdém ou deboche, mas um sorriso de calma, não somos inimigas, estamos todas lutando para conquistar um lugar na sociedade. E esse sorriso foi o suficiente para mais uma enxurrada de ofensas.
É claro que essas atitudes não maculam em nada o evento, e para muitos passou como algo comum ou usual, depois cada time foi para seu lado e não houve maiores intercorrências. Mas muito me chamou a atenção.
Então, eu disse a mim que iria me policiar a esse respeito, e que quando estiver torcendo por algum amigo, colega, aluno, principalmente no Jiu Jitsu, que dentro do tatame é um contra um, evitar falar do adversário. Focar nas qualidades, técnicas e atitudes e ajustes na luta daquele a quem estou torcendo.
É muito complicado você cobrar respeito sem se dar a tal.
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