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sábado, 5 de julho de 2014

Mulheres no Tatame. Marta Helena

 
Nossa entrevistada do mês tem  o Jiu Jitsu na veia. Mãe irmã e esposa de lutadores da Arte Suave, vamos ouvir um pouco de Marta Helena, já a dezessete anos na arte.

EZ- Faixa preta de Jiu Jitsu, mãe e esposa de lutadores. Como a arte marcial entrou em sua vida?
MH-O jiu-jitsu entrou em minha vida há 17 anos, fui por incentivo dos meus irmãos Marcilio e Marcelo. Comecei a treinar com os grandes mestres Ricardo e Edson Carvalho. Fazia dança na UFBA e Karate, mas quando conheci esse maravilhoso esporte larguei tudo. (Risos)

EZ- Qual a sua preferência? Competir ou dar aula?
MH-Na verdade minha preferência sempre foi competir, mas quando treinava patrocínio era muito difícil e ainda existia o preconceito com mulheres no tatame, aí fui fazer faculdade, treinava menos e aí então no decorrer do tempo e nas competições conheci Sinho Bahiano, que começamos um relacionamento e tivemos um filho, aí foi ficando mais complicado. Tendo que correr atrás e trabalhar... Mas ainda assim nunca deixei o esporte e o trabalho social que já desenvolvo há 9 anos em algumas localidades.

EZ-Você, junto ao seu esposo Sinho Bahiano tem um projeto bonito em São Caetano ministrando aulas de Jiu Jitsu? Como está o projeto e como fazer para dar uma força a esse projeto?
MH- É, comecei no projeto social há 9 anos atrás no Nordeste de Amaralina juntamente com Iuri Alves, Sinho Bahiano e meu irmão Marcelo. Por esse projeto passou Romenito, Marcio Velaminho, Cleber Orgulho, Mashida entre outros... Como era um projeto do estado e o objetivo era deixar com que a comunidade andasse com suas próprias pernas, Romenito ficou como instrutor responsável. Como Sinho já dava aula em São Caetano resolvemos fazer o mesmo. Hoje damos aula sem nenhum apoio do Governo, Sinho é o professor responsável pelo Jiu-jitsu juntamente com Zé Carlos porque meu trabalho me consome muito e infelizmente não temos apoio. A comunidade está aberta para quem quiser e se interessar em apoiar, mas se o apoio não acontecer nada vai parar.

EZ- A mulher já conquistou seu espaço dentro das artes marciais, assim como em várias outras áreas da sociedade. Em nosso cenário, quais meninas figuram com expressão no Jiu Jitsu?
MH- Pois é. Hoje temos várias meninas praticando nosso esporte e na Bahia temos boas atletas como Lia Dornelas, minha parceira que começamos juntas e hoje também mãe de família, mas não parou... Temos também Virna (uma grande Black Belt que vem se destacando muito nos campeonatos) e Luane Alexandrino (excelente atleta, dedicada, humildade e talentosa, sempre venho incentivando muito essa menina). Ainda assim, existe o preconceito no Jiu feminino.

EZ-O fato de ser esposa de um Mestre líder de equipe pesa na faixa?
MH- Pesa muito também, graças a Deus sou muito respeitada na nossa equipe e no jiu-jitsu em geral, tenho um bom relacionamento com líderes de outras equipes e ainda tem meus irmãos que também são líderes de equipe. Mas o peso maior também vem porque sou das antigas apesar de infelizmente não estar competindo e porque aprendi a ter o respeito e reconhecer a hierarquia, que isso é uma coisa que ainda tá faltando para os novatos. (Risos).

EZ-Deixa uma palavra de incentivo, em especial para as garotas que estão no inicio dessa peregrinação que são os caminhos das artes marciais.
MH - Então garotas, vamos lá, corram atrás dos seus sonhos e não desistam nunca porque o jiu-jitsu supera tudo! Costumo falar sempre que sou felizarda porque sou mulher, irmã e mãe de jiu-jiteiros (Risos).
O jiu-jitsu corre no sangue! Amooooo esse esporte!




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