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sábado, 22 de agosto de 2015

BIOGRAFIA DOS MESTRES.








Estamos com satisfação iniciando uma sere de Memórias Vivas dos Grandes Mestres e líderes de equipe do Jiu Jitsu baiano. Espero contar com todos os Mestres, que eles possam nos contar um pouco de sua vida dentro dos Tatames. Uma Faixa Preta honrada em volta da cintura tem muita história de choros e risos, de amor e lágrimas para contar. E você amigo leitor, está escrevendo sua biografia no livro dos Mestres?




BIOGRAFIA LEÔNIDAS GONDIM E LG SYSTEM

Leônidas Gondim Barbosa Júnior, educador físico, nascido em 19 de junho de 1974, na cidade de Salvador, Bahia iniciou sua vida esportiva aos 04 anos de idade no karatê. Desde então, praticou Tae-kwon-do, Boxe e em 1994 conheceu o Jiu Jitsu através de seu então amigo e primeiro professor, Avallone, aluno de Zé Mário Sperry, da equipe Sul Jiu Jitsu, de Porto Alegre.
Avallone convidou Leônidas para conhecer o Jiu Jitsu e o colocou para fazer um “rolinha” com um garoto de 14 anos e 60 Kg. Leônidas com 20 anos e 70 Kg ficou receoso de machucar o garoto e o professor Avallone, rindo, disse que era tranquilo. O garoto finalizou o experiente atleta Leônidas diversas vezes e foi o suficiente para ele comprar o kimono e se matricular nas aulas no dia seguinte. “Fiquei indignado! Como pode um menino desses me finalizar... preciso treinar essa luta já, pensou. Eu apanhar na rua de um menino desses?!” lembra Leônidas sorrindo.




Os treinos com Avallone duraram 03 anos, porém, por motivos pessoais, o professor precisou retornar para sua cidade natal, Porto Alegre. Avallone deixou seus alunos aos cuidados de Luiz Augusto “Rato” que considerava o melhor professor e já deixou Leônidas com a faixa azul.
Leônidas foi então treinar em Brotas com um aluno do professor Luiz, Fábio Félix, que foi quem “lapidou” o atleta Leônidas Gondim.
Em 10 de outubro de 2004, recebeu a faixa preta das mãos do seu professor Luiz Augusto e junto com ela a responsabilidade de liderar a Dharma Jiu Jitsu, já que seu professor Luiz necessitou se afastar dos tatames.
Em 2005, foi convidado pelo Sr. Maurício Robbe a fazer parte da equipe GB. (Gracie Barra) Leônidas consultou seu professor, que apesar de afastado, ainda o procurava para tomar decisões importantes. Luiz aprovou a ideia e Leônidas participou durante 7 anos da GB, saindo em julho de 2013 por questões pessoais. Um dia após anunciar a sua saída da GB, o então colega de equipe, Marcos Schubert, também já tinha anunciado o seu desligamento da mesma equipe e convidou o Leônidas a representar a Gracie Elite do Mestre Rilion Gracie. Em novembro foi realizado um seminário histórico para 150 pessoas na sede do Iguatemi com o Mestre e amigo Rilion Gracie.
Em 2014, Schubert decide sair da Rilion e Leônidas, por respeito a ambos, também sai da Gracie Elite. Ele não se sentia bem em escolher um ou outro. Os dois saem e decidem fortalecer cada um a sua marca separadamente e se unem através de uma associação para lutar campeonatos. Independente de estar ou não na Gracie Elite, a amizade com Mestre Rilion Gracie continua e com o Marcos Schubert também só cresce e fortalece.

A necessidade de fortalecer a sua própria marca, LG System, já era cobrada de seus alunos há muito tempo, e Leônidas, sempre receoso, protelava esse projeto que tomou forma e iniciou em agosto de 2014. Mestre Luiz Augusto e o professor Fábio Félix retornam aos tatames e a família novamente está completa e preparada para dar continuidade e consolidar o projeto LG System.
O Sistema de Ensino Leônidas Gondim ou LG System é um sistema de letras, onde cada letra representa um método de treinamento que pode ser utilizado em conjunto ou separadamente a depender do objetivo de cada treino. Esse sistema de letras foi criado e vem sendo utilizado pelo professor Leônidas Gondim com sucesso já que os alunos demonstram uma evolução rápida no aprendizado da Arte Suave.

O sucesso do seu método vem sendo comprovado pela quantidade de medalhas conquistada por Leônidas, ao longo desses 20 anos de prática, por seus alunos, tanto no Jiu Jitsu quanto no MMA e pela equipe, além dos 64 faixas pretas formados por ele, demonstrando a eficiência do seu método de ensino.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Personalidade do Mês de Agosto de 2015. Larissa Almeida

Simples e certeira com as palavras. Assim se mostrou Larissa Almeida, jovem de Retirolândia que corta a cidade para ter um bom treino de Jiu Jitsu com o Mestre Erlon Andrey da Equipe Corpo e Mente. Mais um talento que só nos damos conta quando desponta como vencedor ou vencedora de um grande evento, e viajando com recursos de poucos mas valiosos colaboradores, que dão continuidade aos projetos dessa guerreira.


EZ- Você está sempre se colocando bem nos campeonatos que disputa. Como surgiu esse tino para competição?
LA- Quando lutei meu primeiro campeonato baiano e ganhei.

EZ- E a sua preparação para lutar campeonatos, de que modo é feita?
LA- Faço a Dieta Gracie, treino de musculação pra força, corro quase todos os dias pra pegar gás e resistência, e um bom treino pesado de Jiu Jitsu.

EZ-Você é de Retirolândia, mas treina na cidade vizinha de Valente. Qual distancia é percorrida atrás de um bom treino?
LA- São 11



 km daqui (Retirolândia) pra cidade de Valente.

EZ- Como se dá o apoio ao atleta aí em Retirolândia? Sabemos que é sempre difícil.
LA- São poucas pessoas que me apoiam aqui na cidade, aqui a população só vê o Futsal (Futebol de Salão) como esporte.

EZ-Qual o próximo evento que tem em mente para competir, e caso haja alguém que possa te apoiar como você pode ser contatada?
LA- De certeza não tem nenhum ainda, mas pretendo ir pro Sul Americano da IBJJF, mas vai ser complicado, como foi pra ir ao Mundial, são muitos gastos e pouco apoio.

EZ-Sabemos que a caminhada é árdua e que a humildade deve prevalecer somada a uma enorme força de vontade. É isso que nós do Blog Estrangulamento Ezequiel te desejamos. Deixa um recado para os leitores desse Blog, sobretudo para as mulheres que estão em cima do tatame lutando pela saúde física, mental e espiritual.
LA-Quero agradecer ao Blog por essa moral de estar fazendo uma matéria sobre mim. Queria dizer que é só o começo de tudo, ainda sou faixa branca e tem muito chão pela frente, treinamos um esporte que é visto pela sociedade como um esporte masculino. Espero que um dia essa visão mude, todas as mulheres que praticam são damas do tatame, seja ela uma competidora ou apenas praticante, faço um pedido pra todas que saíram do esporte por causa de preconceito ou até mesmo de um machucado, que voltem a treinar, voltem a fazer a arte suave, é uma terapia que não tem preço.




sexta-feira, 31 de julho de 2015

Evento solidário. Vamos participar?


Esse convite feito pelo Professor de Jiu Jitsu Paulo Dantas, que aliás promove bons eventos, é um chamamento para união de duas atitudes deveras salutares. A prática do esporte, através da competição do Jiu Jitsu, e a prática da caridade, da solidariedade, já que as inscrições, conforme assinado pelo Professor, ajudará de certa forma ao Hospital Aristides Maltez.
Vamos meus amigos, aderir a essa campanha maravilhosa?

Vida no Tatame.


A comunidade baiana de Artes marciais tem muito o que comemorar. Já acontece aos sábados às 10 horas, o Programa semanal "Vida no Tatame" na Rádio Vida FM 106.1
Apresentado pelo renomado jornalista e praticante de Jiu Jitsu Ramon Margiolle e comentado pelo Faixa Preta em Jiu Jitsu e Diretor da FBJJ MMA, o Professor Ricardo Caldeira, o programa visa sobretudo fortalecer o cenário local de esportes e lutas, bem como dar visibilidade aos atletas e amantes de artes marciais. Um programa de vanguarda em nosso estado, quiça de todo Nordeste, servindo como parâmetro para outros estados brasileiro.
Quem ainda não sintonizou, eu sugiro que sintonizem, ouçam, participem, ajudem a construir. Pode ser baixado também o aplicativo para Smartphone.
Além de enaltecer o cenário local, o programa cita o universo relevante das artes marciais, seja de campeonatos, eventos e atletas.
Vida longa a esse programa, que com certeza será construído por nós, praticantes e amantes das artes marciais.
Oss

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Baianos pelo Mundo. Carlos Peixoto

De volta a série "Baianos pelo Mundo". batemos papo com o Faixa Marrom Carlos Peixoto, da Equipe Fight Brothers. Começou o Jiu Jitsu com os amigos, meio que de brincadeira, e hoje representa uma equipe baiana na Europa. Let's go!


EZ-Quando e onde você conheceu a arte suave?
CP- Conheci o Jiu Jitsu se me lembro bem,  entre 2002 e 2004, eu e alguns amigos costumávamos assistir o antigo PRIDE em que eu curtia muito as finalizações, as quedas e o estilo do Jiu Jitsu.
Sou nascido e criado no bairro da Caixa D’agua, Ladeira do Paiva, e conheci o Jiu Jitsu um pouco tarde e também não tinha condições de pagar uma academia, que na verdade nem existia na área então nunca levei o esporte a sério. Nessa época eu era surfista de bodyboard, que era meu hobby.   Um dia um grande amigo meu chamado Vagner Carmo, começou a treinar, ficou viciado, e sempre me (passava o carro) na praia ou nos encontros de amigos, no intuito de nos converter ao Jiu Jitsu. Então em 2004 comecei a trainar com professor Roberto Cunha amigo e professor de Vagner, mas ainda não muito frequente.

EZ- E após sua viagem, você procurou de imediato uma academia para treinar a arte suave?
CP- Sim, eu saí de Salvador no finalzinho de 2006 inicio de 2007, nessa época eu estava cursando faculdade e trabalhando e Jiu Jitsu ainda era infrequente na minha vida, mais por motivos financeiros ou falta de automotivação, acredito eu.                 Quando cheguei à Inglaterra tomei um choque cultural muito grande e tive que trabalhar a noite e sem opção de treino, pois não havia nenhuma academia por perto, mas agora eu podia comprar um kimono e pagar uma academia! Então nos meados de 2007 encontrei uma academia a 40 km de casa, na cidade Cambridge. A procura foi intensa então recomecei os treinos um dia por semana até o dia que tomei coragem, procurei um emprego na cidade, convenci minha esposa a fazer o mesmo e mudamos pra Cambridge.  Oss!  Agora sim, depois de tanta loucura eu treinava todo dia Jiu Jitsu e MMA.

EZ-E o Jiu Jitsu aí no Reino Unido é diferente em relação ao Brasil?
CP- Com certeza! Nós brasileiros temos um diferencial que após esses anos aqui acredito que venha de um conjunto, de estilo de vida e também genético. Claro que muita gente que conheço aqui também merece todo mérito no esporte, mas o Jiu Jitsu do brasileiro é muito mais bonito e limpo e todo mundo sabe e respeita.

EZ- E a situação de federações, campeonatos e apoio aos atletas, difere muito daqui da Terra Tupiniquim?
CP- A realidade daqui difere muito da realidade do Brasil em geral, então o apoio e o patrocínio aos atletas é muito mais frequente e fácil conseguir, porém muitos atletas pagam seus próprios custos também.  O governo aqui também apoia muito o cidadão empreendedor, por isso as academias tem mais estrutura. Os campeonatos estão acontecendo cada vez mais e estão aparecendo muitas federações e por um motivo de competição entre elas, eles também estão começando a oferecer apoio aos atletas, o que é bom, porém todo mundo uma hora ou outra vai ter que pagar e se afiliar.
EZ-E a sua nova empreitada, representando uma Equipe de origem baiana aí no Reino Unido. Como está acontecendo?
CP- Pois é, representar a Família Fight Brothers nada mais que um privilégio e uma honra.  Sinto-me muito feliz por vestir essa camisa, gente da gente, meus conterrâneos e guerreiros de fé, assim como eu! Estou trabalhado duro no desenvolvimento de uma equipe aqui no Reino Unido, começamos as aulas no mês de maio, porque a academia onde as aulas acontecem estava sendo reformada, mas cada dia matamos um leão!  E tenho fé que com trabalho e dedicação a tendência é crescermos!

EZ-Deixa um recado aos leitores do Blog Estrangulamento Ezequiel.

CP- Aí família do Jiu Jitsu. É Deus no céu e Jiu Jitsu na terra! Não a violência e sim a perseverança! Nunca desista de seus sonhos, não troque seu treino por uma noite de farra.  O Jiu Jitsu é um instrumento de desenvolvimento pessoal que só quem pratica sabe, e se você ainda não percebeu, não pare.  Sua hora vai chegar! Junto até depois do fim.




quarta-feira, 15 de julho de 2015

O atleta, o sonho, o caminho e a meta.

Assistindo aos Jogos Pan-americanos do Canadá, estava comentando com um amigo de treino que muitos atletas que lá estão elevando o nome de suas pátrias (Tão comum isso no Brasil), muitos deles se bancam. Bancam seus treinos, seus equipamentos, nutrição, etc. Enfim, vou deixar essa questão da dificuldade em conseguir patrocínio, já tão conhecida e discutida para outra postagem.
É que um assunto puxa outros, e alguns atletas baianos estão saindo para competir o Mundial de Jiu Jitsu da CBJJE, que será realizado entre os dias 23 a 26 de julho do corrente ano, em São Paulo.
Entre nossos conterrâneos tem um trio fortíssimo que tem potencial, tem Jiu Jitsu para competir, como bons baianos, tem dendê.







São eles os atletas Lucas Silva, Renê Jadan e Irland Vítor Brandão, que formam a trinca representando a Equipe Nordeste Jiu Jitsu, todos Faixas Roxa. A luta final entre  Renê Jadan e outro excelente atleta Mikele Bragato foi considerada pelos dirigentes da FBJJ MMA a melhor luta da IV Etapa do Campeonato Baiano de Jiu Jitsu, e uma das melhores da história do evento.
Pois bem, esses guerreiros precisam de seu apoio, de você que pode tornar o sonho desses jovens mais acessível. Cada um contribuindo um pouco contribui com o exercício de cidadania. Infelizmente, como já sabido por todos, o Poder Público muito se demora para concretizar projetos que não tenham um cunho que diretamente os favoreça. Alias, é um ledo engano, pois a inclusão no esporte diminui gradativamente o número de doentes em hospitais.
Esses jovens talentosos, bem como outros jovens e outros projetos precisam de um apoio material, financeiro para viajar, para dar certo. Em contra partida, suas marcas serão elevadas ao patamar de grandes esportistas competidores. 
Vocês podem entrar em contato com Lucas Silva através do telefone (71) 9130 5287.
Não são pedintes. São potencias esportivas baianas que precisam de apoio para explodir no cenário nacional!







segunda-feira, 6 de julho de 2015

Mais um Baiano no UFC.

Leonardo "LELECO" Augusto já tinha nos dado a satisfação de entrevista-lo como um grande atleta, após muita resiliência, técnica e força, vencer um super combate nos segundos finais. Vitória essa que o indicou e o fez ganhar o super troféu para lutadores, o Prêmio Osvaldo Paquetá, o Super premio do MMA Nacional. Aliás, a consagração foi deveras merecida.
Após mais uma brilhante vitória, dessa vez contra o atleta Rick Monstro, o Faixa Preta de Jiu Jitsu do Mestre Leônidas Gondim foi consagrado com o passaporte para lutar o mais cobiçado evento de MMA do mundo. O UFC.
Parabéns a Leleco, ao Mestre Leônidas e toda sua equipe, parabéns ao Jiu Jitsu e ao MMA baiano. Que você Leleco tenha bons momentos em suas novas empreitadas, e que você seja feliz!
Lembrando que o Mestre Leônidas também formou como Faixa Preta de Jiu Jitsu outro  lutador do UFC, Júnior Alpha.

Eventos Próximos no Circuito Baiano.

No dia 12 de Julho de 2015, teremos a IV Etapa  do Campeonato Baiano de Jiu Jitsu da FBJJMMA. Será realizado no Ginásio de Esportes do Salesiano de Nazaré, em Salvador, Bahia.
No dia 18 de Julho haverá o Circuito Sankaku de lutas, que será realizado na cidade de Feira de Santana. Será um evento que contará com a nata do Jiu Jitsu baiano. Quem for, verá um show de Jiu Jitsu na Princesinha do Sertão.
No dia 23 de agosto sediaremos o I campeonato NO GI (Sem Kimono) feito pela FBJJMMA. Estamos com eventos significativos em nosso estado. Apoiem, lutem, compareçam, torçam. Faremos todos juntos da Bahia, um dos maiores polos de lutas do Brasil.



* Atenção aos senhores líderes de equipes, de eventos, representantes de equipe. 
Temos a maior satisfação em divulgar seus eventos em nosso Blog. Não cobramos por isso. Se comuniquem conosco.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Jiu-Jitsu: Entenda a briga de Federações e os diversos “Campeonatos Mundiais”

Fonte: http://www.nocautenarede.com.br/jiu-jitsu-entenda-a-briga-de-federacoes-e-os-diversos-campeonatos-mundiais/
O Jiu-Jitsu é uma arte muito antiga. Sua história, só no Brasil, já ultrapassou os 100 anos, quando trazida pelo Conde Koma, em 1915. De lá pra cá foram criadas algumas variações e o esporte foi rebatizado de “Brazilian Jiu-Jitsu“. Adeptos defendem sua inclusão como esporte olímpico. Segundo o COI (Comitê Olímpico Internacional), o Jiu-Jitsu precisaria ser praticado em 75 países e 4 continentes e 40 países e 3 continentes por mulheres e ainda possuir uma entidade que regule o esporte mundialmente. Existe a IBJJF(International Brazilian Jiu Jitsu Federation), mas, por trás disso, existe um enorme problema. Só no Brasil, temos várias federações, mas vamos especificar apenas três: A CBJJ ( Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu), presidida pelo Mestre Carlinhos Gracie, a CBJJE (Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo), presidida pelo Moisés Muradi e a CBJJO (Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Olímpico), presidida pelo Gran Mestre Walter Nogueira.

Mas, qual o motivo de tantas Confederações? Entenda!
Pelo conflito de interesses, não há consenso entre as entidades e a realização de torneios independentes e periódicos não preveem uma disputa para unificação de títulos. Existem questionamentos sobre as cifras arrecadadas com a realização de campeonatos, onde não se demonstra investimento no crescimento do esporte, já que seria uma obrigação das federações, segundo os estatutos. Tanto para o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e para o COI(Comitê Olímpico Internacional), essa “celeuma” invalidam a Arte Marcial, denigrem seu caráter e afastam investidores, assim como atletas futuros. Hoje é comum vermos vários campeonatos disputados. Vários Campeonatos Mundiais. Vários Campeonatos Brasileiros. Estamos chegando ao absurdo de dizer que teremos o Campeonato Mundial do Estado X. Daqui a pouco teremos “Campeonatos Mundiais” criados por cada estado. Dentro de um ano chegaremos a ter 23 campeões mundiais (1 por estado brasileiro), fora os campeões da Califórnia e de Abu Dhabi. Será mais fácil encontrar um “Campeão Mundial de Jiu-Jitsu” andando pelas ruas do que um artista de rua. Hoje em dia, qualquer promotor que estiver disposto a investir uma grana com premiação, consegue realizar um “Campeonato Mundial” e, sem apoio por causa da briga constante das federações, que causam a falta de reconhecimento do esporte, as maiores estrelas do Jiu-Jitsu tendem a competir em busca da premiação, embora alguns desses campeonatos não estejam sob a chancela de nenhuma das Confederações. Não vou divulgar os eventos, até porque não conheço seus organizadores. Também não vou criticar, pois o esporte é carente de patrocínio e atletas devem buscar sempre as premiações. 

Conversando com o Mestre Marcial Serrano, atleta, pesquisador e escritor de vários livros (Géo Omori – O Guardião Samurai, O livro proibido do Jiu-Jitsu, a história que os Gracies não contaram, volumes 1 a 5, dentre outros), além de faixa preta de Judô e de Jiu-Jitsu (Coral 7º Grau, pela CBJJE, ABMJJ, C.F.Fadda, CBJJP, CBMMA, CBLP, USFBJJ.), obtive algumas opiniões, afinal é sempre bom ouvir os mais experientes, já que o mesmo é praticante desde a década de 70. Para Marcial Serrano, isso é um tema bastante complicado.
A primeira análise é de um comércio que assusta, mais analisando com maior atenção, pode-se notar de existe muito de idealismo e luta. Se formos só analisar pelo aspecto financeiro e organizacional, temos muito que caminhar. Hoje com diversas Confederações atuando na organização do Jiu-Jitsu (CBJJ, CBJJE, CBJJO, CBJJD, CBJJP, CBJJT, CBJJ&J e mais alguma que desconheço), teve como pioneira a BBJJ no Rio de Janeiro, tendo como presidente Carlinhos Gracie. Devido à ditadura imposta pelos seus fundadores passou a ser “Donal” (tem dono), e com isso se tornou  uma entidade puramente comercial, que visa primeiramente o lucro, sem idealismo algum (apesar de o lucro fazer parte de qualquer atividade comercial ou esportiva, tanto para pagar o custo de sua organização, como para o seu progresso, só é condenável quando o lucro do dinheiro arrecadado vai para o bolso de alguns poucos).


Sobre o cargo vitalício de Carlinhos Gracie a frente da CBJJ, Marcial foi enfático:
O Carlinhos nunca foi um idealista, é simplesmente um empresário que se aproveitou do momento propício e criou sua entidade com fins puramente comerciais. Se ele não o tivesse feito, outros certamente o fariam. O vitalício evita que outros concorram ao cargo (como sugerido por Robson Gracie, quando das reclamações de um grupo de praticantes. Façam uma eleição e como membros votem em outro para presidente). Carlinhos então se protegeu.
Para o futuro do Jiu-Jitsu, Marcial discorda dessa centralização de poderes.
Já é hora de se preparar um Fórum Nacional para se debater diversos assuntos comuns a todas as Confederações. Começando pela metodologia, nomenclatura, sistema único de graduação, modernização das regras para transformar o jogo em uma ação mais dinâmica, obrigação do “Faixa Preta” em demostrar conhecimento da autodefesa, dos primeiros socorros, e da luta em pé. Já dispomos de uma “Associação Brasileira de Mestres de Jiu-Jitsu” ABMJJ sediada no Rio de Janeiro, e organizada por Grandes Mestres de Origem Fadda, Luís Carlos Guedes de Castro e Wilson Pereira de Mattos, que tem como missão cadastrar (após criteriosas e profundas pesquisas), e Certificar com seu “Certificado de Excelência” os Mestres e Grandes Mestres do Jiu-Jitsu Brasileiro, além de trabalhar para que a arte do Jiu-Jitsu não perca sua marcialidade conforme aconteceu com o Judô Esportivo, que atualmente em alguns Dojôs vem incorporando as técnicas perdidas de autodefesa e do ne-waza.
O Jiu-Jitsu tem fundamentado a vida de muitos atletas, assim como de simples praticantes, como eu. Quando iniciei na Arte Suave, no início da década de 2000, o Jiu-Jitsu tinha uma fama altamente negativa, por causa dos famosos “Pitboys”, gíria criada para dar nome aos brigões de rua e de festas, praticantes de Jiu-Jitsu. Lembro que minha família foi contra na época, quando decidi praticar. Algum tempo depois, comecei a enxergar o futuro no esporte (futuro do esporte, não meu. Sou Contador, de formação). Mas a medida em que o tempo passou, o conflito de interesses falou mais alto e o esporte ganhou suas divisões. Acho que falta uma moralização. O jogo de interesses não deve ser maior do que a arte.
Nenhum homem deveria colocar seus interesses à frente da Arte. Enquanto isso, vamos treinando, aprendendo e desfrutando dessa brilhante forma de defesa pessoal. Deixemos as brigas pros maiores interessados.
Para finalizar, quero deixar que não defendo nenhuma das confederações. Essa matéria surgiu de um bate papo com um amigo, também praticante da arte, faixa marrom, que levantou algumas questões. Imaginei que existam vários atletas sem entender os motivos de tantas confederações e decidi esclarecer um pouco.
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Escrito por Bruno Carvalho

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Novo local. Colégio Salesiano Dom Bosco.


O evento Bahia Open Internacional de Jiu Jitsu não mais será realizado no Centro Pan-americano de Judô, em Lauro de Freitas. Será realizado no Colégio Salesiano Dom Bosco .Endereço: R. Santo Antônio de Pádua, 1 - São Marcos, Salvador - BA, 41250-420. Tem acesso também Av. Paralela, fica em frente ao Instituto Anísio Teixeira.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Opinamos para edificar ou para desmoralizar?

Quando pensei em fazer esse Blog, digamos que anônimo, foi pensando em contribuir com o nosso cenário local de lutas e esportes, sem levantar bandeira de uma pessoa ou equipe. Não sou Blogueiro e não tenho pretensão nenhuma de ser, tenho minhas demandas como trabalhador, atleta e pai de família.
E também não pretendo ficar com papos clichê ou bancar o formador de opinião.
Mas percebo em nosso cenário local, sobretudo o de Jiu Jitsu uma desunião, uma propagação de senhores da razão. principalmente  com a inclusão digital, em que todos (quase todos) postam tudo que fazem, aqueles que optaram em ser anônimos ou discretos, tem que apresentar seu curriculum dentro do Jiu Jitsu, para não ficar estigmatizado de fraco. É claro que entendo os Mestres que prezam pela verdadeira graduação, já que muitas academias e líderes de equipes prostituem deveras as faixas.
Tem uma música da Banda Diamba que diz "...loucura maior, é nesse escuro ela achar que é estrela...". Infelizmente vejo isso aqui. Nosso cenário não chega a estar no escuro. Muito pelo contrário, vem em progresso visível, mas vejo aqueles que competem, que aparecem no Facebook, parecendo ser a Ursa Maior dessa constelação ainda com brilho fraco.
Muita polêmica entre equipes, entre lutadores. Uma postagem que é feita aqui, vira um caldeirão. E o pior é que quem entra para comentar, entra para jogar lenha, ninguém pondera para controlar os ânimos. o direito de dizer o que pensa passou a ser unilateral. Você pode mas o outro não pode.
As Federações também repetindo erros. equipes ficando marcadas por não opinarem favoravelmente com ao opiniões de líderes de Federações, atletas voltando a ser mal tratados. Não é hora de recuar e nem de crucificar. Que os erros não se repitam, afinal quem não erra?
Aqui lutador tem que ter cara de lutador. Por isso ainda somos tão provincianos.
Por que não se preocupar única e exclusivamente com o crescimento do esporte como um todo?
Eu conheço uma galera que treina de forma anônima, não compete e que se kimono tivesse bolso, abriria o bolso para uma galera que pensa ser o supra sumo do Jiu Jitsu baiano entrar. E entrar com folga.
Tanto na luta quanto nas atitudes.

Professor Mar e as suas Crionças.

 Ah, vamos mergulhar no mundo do jiu-jitsu brasileiro, onde os tatames são a nossa tela, e os praticantes – bom, eles são um bando colorido!...

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