Médico reflete sobre as repercussões da pandemia de coronavírus e do isolamento social nos treinos e o futuro das competições esportivas
Por Dr. Eduardo Rauen, médico do esporte.
Já sabemos de longa data que o exercício físico melhora a imunidade e a saúde em geral. Porém, com a pandemia do coronavírus, muitas pessoas que praticavam atividades de forma regular deixaram de fazer ou diminuíram (e muito) sua quantidade e intensidade.
Confinados, não imaginávamos a proporção que o isolamento poderia tomar e as restrições impostas à prática esportiva. As sociedades médicas ligadas ao esporte reforçam a necessidade de fazer exercício, tomando todas as cautelas que a situação ainda pede.
Se para as pessoas que malhavam duas ou três vezes por semana o cenário ficou complicado, imagine para os atletas profissionais. Pegos de surpresa com a paralisação dos treinos, muitos foram compulsoriamente colocados na geladeira, isolados e sem prazo para voltar à ativa.
Os treinamentos em casa aumentaram e muito, inclusive com equipes utilizando aplicativos para monitoramento das aulas.
A exemplo de quem faz atividade física para viver melhor, os profissionais do esporte tiveram rotinas alteradas, com impactos na alimentação, no acompanhamento e na forma e no desempenho físicos. Isso sem falar nas repercussões no trabalho, com redução salarial devido à perda de patrocinadores e à ausência de competições.
Mas, com o controle da pandemia, como será a retomada? Teremos público assistindo aos jogos nos ginásios e estádios? Como os jogadores poderão se comportar em campo ou quadra, já que o contato físico é quase uma necessidade em boa parte dos esportes coletivos? Como ficarão as viagens? As equipes deverão fazer quarentena após as partidas? Clubes terão de fazer testagem para o coronavírus de tempos? A doença afetará o desempenho dos atletas por muito tempo?
São perguntas sem respostas ainda, digamos corretas e ou seguras. os protocolos, de saúde e higiene estão sendo montados. Alguns países que atingiram o pico (platô) do índice de infectados e mortos pela pandemia, hoje tem a chamada Imunidade de Rebanho, que é quando uma grande parcela da população adquire imunidade a uma doença.
Não se sabe ainda se quem adquiriu o vírus da Covid 19 tem a imunidade ou se apresenta essa imunidade apenas por um tempo. E o fator máscara. Muitas pessoas treinam com o uso da máscara. Porémk, cientistas do esporte não aconselham o uso da máscara para atvidaes de alta intensidade, pela absorção do Gás Carbônico expelido durante a respiração.
Estamos num período de muitas dúvidas. Esperamos a vacina, que apesar de prontas e algumas já na FASE 3, que é a aplicação em humanos. Não há, como dito anteriormente, a certeza de imunidade ao vírus.
Aqui no Brasil, em alguns estados, as atividades esportivas já foram retomadas. Teremos que nos adaptar ao novo normal.
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