Por Tatame
Redação, Rio de Janeiro
Na hora em que começam os treinos, ao formarem-se as duplas, o pensamento do atleta é “vou para finalizar” ou, na pior das hipóteses, “não vou bater para esse cara”. Todos os treinos são importantes na evolução do atleta. Ganhar sempre é bom, não importa se é na sua academia ou no campeonato. Afinal de contas, quem não gosta de ganhar? Mas, às vezes, sofrer uma finalização é inevitável e, infelizmente, os três tapinhas acontecem.
Também rola aquele pensamento de “não vou bater” ou “dá para segurar mais um pouco”, e assim surgem às lesões. Esse é um assunto polêmico, pois muitos pensam que se bater no treino passam por frouxo ou amarelão. Mas vou mostrar que é justamente o contrário. Quanto menos lesões você tiver, mais tempo estará no dojô treinando e melhorando seu condicionamento e habilidades para futuras lutas ou treinos em que você não quer perder de jeito nenhum.
Cada luta envolve diferentes aspectos que devem ser considerados para bater ou não. Por exemplo, é uma luta decisiva ou um simples treino? É uma final de campeonato ou uma luta interna em sua academia que você não quer perder? Só você pode decidir, mas a decisão mais inteligente, na medida em que você percebeu que não tem como se defender ou evitar mais aquela situação de ataque, você deve “bater”, evitando uma lesão ou algo pior. Volte para sua academia e treine cada vez mais para estar melhor numa nova luta com quem te venceu ou, se você se encontrar nessa mesma situação novamente, você não erre de novo.
Quantos atletas optaram por não bater e ficaram meses fora dos tatames por conta de lesões? Podemos ver em grandes eventos como o UFC, excelentes lutadores desistirem do combate visando proteger sua integridade física e por serem inteligentes o suficiente para verem que, daquela posição, uma contusão será inevitável.
Nenhum lutador gosta de ser finalizado, voltar para casa com a derrota tem um sabor amargo. As imagens da luta perdida passam e repassam em nossa mente, mas devem se tornar uma lição. Mas também acredito ser melhor do que voltar de uma consulta a um ortopedista com a sensação de termos de esperar uma eternidade para voltarmos a treinar.
Prefiro ter no pensamento “na próxima vez eu o finalizo” e uma fissura de voltar logo aos treinos, melhorando minhas técnicas e meu preparo físico, do que ficar inativo por semanas ou mais. A garra de ganhar uma luta tem que caminhar com a inteligência do lutador, que antes de tudo preserva a sua integridade física.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário.