As técnicas marciais aprendidas como esportes podem ser usadas também no âmbito da defesa pessoal. As mais conhecidas são kung fu, caratê, judô, aikido, krav magá, judô, jiu-jitsu, muay thai e tae kwon do.
As artes marciais podem ser contempladas em várias vertentes. Como forma de exercício físico, elas potenciam o desenvolvimento equilibrado de todas as partes do corpo, a flexibilidade das articulações, a postura correta da coluna vertebral, o controle da respiração, o relaxamento e fortalecimento dos músculos.
A prática destas lutas ajuda no equilíbrio e permite alcançar disciplina e desenvolver reflexos. São um eficaz processo de formação moral, que impulsiona a capacidade física e mental, ajudando a obter domínio próprio, coragem, honra, lealdade, modéstia e bondade.
Nos dias de hoje, as artes marciais são praticadas como esporte de massas e também no contexto da alta competição, como é o caso do judô e caratê. Existem ainda as artes marciais mistas, conhecidas pelas siglas AMM ou MMA (esta última deriva do inglês: mixed martial arts): é um esporte de combate que combina a luta em pé, mas também inclui técnicas de submissão e de luta no chão.
Os atletas que praticam artes marciais mistas geralmente conhecem vários tipos de técnicas, para assim terem uma melhor preparação e conhecimento que permita derrotar o seu adversário. O torneio mais conhecido de artes marciais mistas é o UFC (Ultimate Fighting Championship). Muitas estrelas brasileiras brilham nos octógomos espalhados pelo mundo, como os lutadores Anderson Silva, Vitor Belfort, José Aldo, Lyoto Machida, Rodrigo Minotauro e Junior Cigano.
O DMRevista acompanhou bem de perto o UFC realizado em Goiânia no último fim de semana. Nossa equipe foi recebida com exclusividade pelo lutador Junior dos Santos Cigano, que veio para a Capital para comentar o campeonato em rede televisiva.
O atleta nos contou que teve uma infância pobre. “Trabalhei vendendo sorvete quando era criança, já entreguei jornais, e quando era jovem fui garçom. Mas sempre tive o sonho de crescer profissionalmente para ajudar minha mãe”.
A história de Cigano começa em Caçador (SC), na divisa com o Paraná. Lá, até conheceu o judô e a capoeira, mas não levou os esportes a sério. O responsável pelo crescimento de Cigano como atleta foi Luiz Dórea, famoso por levar Acelino “Popó” de Freitas ao título mundial de boxe. Além desta modalidade, Dórea já começava a evoluir na preparação de lutadores de MMA, sempre com ênfase no pugilismo, junto aos seus pupilos no boxe Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro, grandes ídolos do catarinense. O lutador ainda revelou ao DMRevista que sempre se inspirou em Antônio Rodrigo Nogueira. “Meu maior ídolo é sem dúvida o Minotauro”
O diferencial de Cigano, segundo o próprio lutador, é sua força no boxe. Apesar de também se dedicar a outras atividades físicas, como as modalidades de wrestling e o muay thai. Além disso, treina no quadrilátero todos os dias, intensificando a variedade de artes quando os combates se aproximam. Ele ainda disse que hoje quem cuida de sua alimentação é a namorada, que também é catarinense: “quando vou ao médico, ela me acompanha e sempre cuida de todos os detalhes, de todos os alimentos indispensáveis em minha dieta”, completa o atleta.
Com apenas poucos anos no octógono, Cigano consagrou-se campeão dos pesos-pesados do UFC, nocauteando Cain Velasquez após um minuto e quatro segundos do 1º round, em uma luta histórica no UFC on FOX 1, que pela primeira vez foi transmitida pela TV aberta, tanto nos EUA quanto no Brasil. Júnior dos Santos foi o segundo brasileiro a conseguir o cinturão dos pesados, porém foi o primeiro a consagrar-se campeão absoluto da categoria.
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