http://youtu.be/VhKyDVHm3H4
Pai de Miguel de apenas quatro meses, casado, 34 anos. Esse é Carlan dos Santos que faz serviço voluntário a crianças carentes como professor de Judô. Policial Militar, formado em Educação Física pela Faculdade Social da Bahia e que nas horas de folga gosta de ficar em família ou estar com a turma do projeto, curte uma boa música que tenha uma boa melodia, como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Jorge Bem Jor. Com alegria é torcedor do Bahia.
A ideia do projeto surgiu através do esporte ter salvado a sua vida, a partir disso resolveu ajudar outras pessoas que também precisassem. O que motivou a fazer um trabalho voluntário declara Carlan, “foi o amor que sempre teve por crianças e da necessidade de cultivar uma boa educação para todos e inserir em um meio social melhor.”
Em palavras não consegue descrever e nem explicar a sua grande satisfação, mas se sente o melhor ser humano do mundo ao ouvir de pais de alunos relatos de mudança para melhor no comportamento do seu filho, o desenvolvimento escolar e a relação em casa. Para Carlan é uma sensação de dever cumprido.
Mas as dificuldades também surgem e é a falta de um local adequado para os treinamentos, quando chove o lugar alaga, ficando impraticável as aulas. Nas palavras do professor dita o que é trabalho voluntário, que é Jita Kyoei, ou seja, prosperidade e benefícios mútuos. Sem querer nada em troca, só serei feliz e completo se o meu semelhante for também. A melhor lição do seu trabalho e o que ele aprende com cada aluno é que se precisa de muito pouco para ser melhor e feliz. Carlan, que se orgulha dos seus alunos e afirma que deseja que seu filho desfrute dessa família também.
A História mais marcante que presenciou e marcou foi no último exame de faixa, onde ele pergunta o motivo de não tirar um aluno do judô, e a criança responde para o professor nunca fazer isso, pois se sente melhor nas aulas do que na própria casa. Desde então ficou com isso na cabeça, e perguntou ao garoto o motivo de responder isso, e a criança responde que a casa onde mora já foi metralhada. Isso comove o voluntário de esporte, que apenas tenta passar o que sabe, mas se sente muito melhor em ver e poder ajudar crianças como essa e muitas outras com diversos problemas sociais, e que talvez nunca teria uma chance ou uma oportunidade ao esporte e ao apoio do projeto.
São nas terças e quintas, das 17 às 21h e no sábado 13h30 às 17h, que os alunos e o mestre se encontram na Escola Luis Navarro de Brito, na Lapinha, no bairro da Liberdade. Lá estão todos os sonhos, os medos e as vitórias.
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