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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Werdum promete vencer Velaquez no jiu-jitsu e revela intercâmbio com Glover para “roubar cinturões"

Diego Ribas, do R7

Werdum foi oficializado como próximo oponente de VelasquezDivulgação
Entre todos os quase 20 mil presentes que acompanharam a luta entre Cain Velasquez e Junior ‘Cigano’ no ginásio Toyota Center, em Houston, nos EUA, no último sábado (19), Fabrício Werdum era, de longe, o mais interessado no resultado. E, como comentarista do canal Fox Sports para a América Latina, o gaúcho pôde ver de perto a definição de seu próximo adversário no octógono.

Próximo da fila para disputar o cinturão dos pesos-pesados do UFC, Werdum terá a missão de frear o mais dominante atleta desta categoria que, inclusive, já bateu brasileiros em cinco oportunidades. Enquanto Rodrigo ‘Minotauro’ e Antônio ‘Pezão’, este último em duas ocasiões, foram nocauteados no primeiro round, Cigano, também por duas vezes, sucumbiu após verdadeiros atropelos.

E, demostrando a confiança de costume em conversa exclusiva com a reportagem do R7, Werdum não escondeu o que pensa a respeito do desafio e o que teria de diferente para apresentar no octógono em relação aos compatriotas que falharam na missão de destronar o americano: o jiu-jitsu.

— Vou fazer jiu-jitsu com ele, já que é o que tenho de melhor. Ele faz wrestling desde pequeno e, por mais que tenha melhorado na parte em pé, vai buscar a luta agarrada em algum momento. E para mim vai ser ótimo. Não terei medo de ciar por baixo, então vou arriscar bastante em pé e, se cair, fazer guarda, que é algo que nossa categoria está carente, todo mundo só pensa em levantar rápido.

Campeão mundial na arte suave e no ADCC, uma espécie de copa do mundo de luta agarrada, o gaúcho vem impulsionado por uma vitória por finalização sobre Minotauro em evento realizado no Brasil, em junho passado, credenciais que o tornam, hoje, o atleta mais perigoso da categoria no chão.

Justamente por isso, é de se imaginar que  oponente use sua especialidade na luta greco romana não para derrubar, mas para evitar cair por baixo e poder trocar golpes em pé com o brasileiro que, bem ao seu estilo, inverte a lógica mais uma vez.

— Ele vai querer trocar, óbvio, mas posso surpreender e botar ele para baixo também. Ninguém arrisca derrubar porque sabem que ele é bom nisso, mas eu treino com o Kenny Johnson, que adaptou como ninguém essa modalidade para o MMA. E, em pé, vou soltar chute na cabeça e joelhada, uma hora ele vai querer agarrar, e aí vamos ver como vai ele vai se comportar no chão.

Exaltando o fato de ter recebido poucos golpes ao longo de sua carreira, que conta com 17 vitórias e cinco derrotas, o que teria conservado sua capacidade de absorver golpes, Werdum parabenizou o “guerreiro Cigano” por ter suportado severo castigo, mas afirmou que não passará por tamanho teste quando cruzar com campeão.

— O Cigano tem esse boxe muito apurado, o mais perigoso do UFC e com uma pancada muito forte. Mas o Cain quebrou a estratégia dele e não deixou ele respirar nem dois segundos. Sempre que o Cigano tentava algo, ele se adiantava com um jab, direto ou queda. Foi incrível.

Ainda sem data confirmada, o duelo, de acordo com as contas do brasileiro de 36 anos, não passa de março, o que abriria a brecha para, caso Velasquez estivesse disposto, encabeçar o evento mais aguardado do ano, em Las Vegas, na semana do Superbowl (final da liga de futebol americano).

— Deram uma comentada para a data do Superbowl, mas pode ser no México, em março. Eu e o Cain temos público na América Latina, então pode ser bom para o UFC. Mas, para mim, prefiro fevereiro, até porque não luto desde junho.

Com essas datas em aberto, Werdum acabou ganhando um reforço fundamental para a sonhada hora de lutar pelo posto de número um do mundo. Trata-se de Glover Teixeira, que deve lutar com poucas semanas de diferença pelo título dos meio-pesados (93 kg) contra Jon Jones.

A coincidência foi percebida quando eles se encontraram para ajudar nos treinos do amigo Lyoto Machida, que encara Mark Munoz no próximo dia 26, em conversas que ressaltaram outra semelhança: suas alturas batem com as dos rivais um do outro.

— Vamos fazer esse intercâmbio. Lutaremos na mesma época e eu tenho a altura do Jones, e ele tem biótipo e o jogo parecido com o do Velasquez. Vamos revezar, cada hora um passa dez dias no camp do outro. Mas ainda vamos combinar os detalhes para ver como vamos nos ajudar para roubar os cinturões do UFC.
 

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Professor Mar e as suas Crionças.

 Ah, vamos mergulhar no mundo do jiu-jitsu brasileiro, onde os tatames são a nossa tela, e os praticantes – bom, eles são um bando colorido!...

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